O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado, diz que “Portugal nunca esteve tão bem preparado para enfrentar uma situação de seca”, como aquela que o continente está a enfrentar neste momento. Mas, apesar de haver mais conhecimento, mais informação, mais soluções e mais financiamento para as implementar, reconhece que há que “mudar o chip”.
Esta mudança de mentalidades pressupõe que Pimenta Machado deixe de ver, por exemplo, “lavar caixotes do lixo com água de beber”. “Não é aceitável!”, enfatiza, sublinhando a necessidade de utilizar melhor a água disponível e, sobretudo, reduzir as perdas, que em alguns municípios do país chega aos 70%. “Temos mesmo de poupar água e gerir melhor a que temos”, vinca.
O vice-presidente da APA participou esta quinta-feira, no Museu da Vila Velha, em Vila Real, num debate sobre a escassez de água em Portugal, organizada pela Ordem dos Engenheiros da Região Norte. Foi lá que disse que o futuro reserva “menos água em todas as bacias hidrográficas.” E como “é com esta realidade que todos se vão deparar” no continente português, “algumas soluções terão de ser adotadas”.
Uma delas é a “primeira grande central de dessalinização” que está projetada para o Algarve e que “tem de estar pronta até ao final de 2025”. Isto vai permitir utilizar água do mar para vários fins. Pimenta Machado defendeu ainda […]