A transição ecológica e a promoção da sustentabilidade é o caminho mais transformador, mais racional e mais inteligente que qualquer organização ou comunidade pode adotar e promover.
Há uma perceção generalizada de que nos aproximamos de um possível colapso ambiental cuja magnitude ameaça a própria sobrevivência da humanidade. Esta apreciação resulta em particular das alterações climáticas, mas também da brutal contaminação dos rios e dos oceanos, ou das situações extremas de seca e perda da produtividade agrícola em várias regiões do mundo. Sendo plausível um colapso de dimensão global, não se pode sustentar esse cenário no rigor de factos, pelo que prevalece a expectativa e a ditosa esperança que encontraremos soluções na ciência e na tecnologia, e que seremos capazes de adotar comportamentos mais responsáveis para a transição e para as escolhas que se exigem.
Uma leitura mais otimista do momento é de certo modo suportada pela História, que nos revela diversos episódios de pré-colapso que desencadearam uma reação reparadora por parte das sociedades que os viveram. No domínio do ambiente, destaca-se frequentemente o recente problema da destruição da camada de ozono, que justificou, há cerca de três décadas, o Protocolo de Montreal, numa reação convergente e comprometida com vista à resolução do […]