A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), em Braga, recebe esta sexta-feira, dia 28, o encontro final do projeto IberoBio – Polo Ibérico Transfronteiriço de Biotecnologia, que visa divulgar os resultados e as ferramentas criadas, celebrar um acordo com as 12 entidades parceiras e perspetivar o setor. O IberoBio contou nos últimos dois anos com 2 milhões de euros do Programa Interreg Espanha-Portugal (POCTEP / FEDER), reforçando colaborações iniciadas em 2017 entre ciência, empresas e entidades públicas, para afirmar a biotech ibérica no mundo.
A sessão do IberoBio decorre das 9h00 às 13h00, no auditório da EEUM (edifício 16), no campus de Gualtar, tendo a entrada livre. Do lado de Portugal, o consórcio junta a UMinho, a Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO), o instituto UNINOVA e os laboratórios colaborativos Colab4Food e GreenCoLab. De Espanha estão o cluster Bioga (líder), o Instituto Galego de Promoção Económica, a Universidade de Santiago de Compostela, as Zonas Francas de Vigo e de Cádis, o Município de Salamanca e a agência Fundecyt/Extremadura.
Os resultados globais do IberoBio vão ser explanados pela gestora do Bioga, Loli Pereiro. Segue-se o anúncio das cinco ferramentas desenvolvidas neste consórcio, agora acessíveis a empresas e demais atores do ramo: um mapa de recursos biotech, com o diretório das infraestruturas e do know-how científico-tecnológico ao longo da fronteira; uma plataforma de recrutamento especializado, aproximando profissionais e empresas; um portal de formação e capacitação em internacionalização, inovação e processos biotecnológicos; um espaço colaborativo para criação de projetos de I&D entre empresas, start-ups e centros científicos; e um motor de busca atualizado com oportunidades de investimento e de financiamento público e privado.
Estas ferramentas visam aumentar a competitividade, atrair talento, promover a inovação aberta, facilitar o acesso a fundos e potenciar a digitalização e internacionalização das empresas ibéricas, explica o coordenador português do IberoBio, José António Teixeira, que é também professor catedrático da EEUM e investigador do Centro de Engenharia Biológica da UMinho (CEB). “Este consórcio mostrou que a fronteira luso-espanhola é um eixo de oportunidades; criámos um ecossistema integrado que trabalha lado a lado e deixamos um legado sólido e ferramentais reais para a biotecnologia ser um motor de desenvolvimento sustentável e de internacionalização”, acrescenta.
Palestra da influente Katie King
A sessão final prevê ainda, às 11h00, uma palestra da britânica Katie King, a CEO da BioOrbit que quer fabricar medicamentos para cancro no espaço e que é também “Top 10 Influencer in AI”, autora de best-sellers e comentadora da BBC. Às 11h30 é a vez de uma mesa-redonda sobre os desafios da biotecnologia, com Loli Pereiro (Bioga), Simão Soares (P-BIO), Gerald Striedner (Sociedade Europeia de Ciências de Engenharia Bioquímica) e Ana Machado Silva (Sonae MC). Às 12h30, será assinada a declaração de intenções do Polo Ibérico Transfronteiriço de Biotecnologia, com as 12 entidades fundadoras, para garantir a continuidade da rede após o término formal do projeto.
O IberoBio abrangeu, em Portugal, as regiões do Norte, Centro, Alentejo, Algarve e, em Espanha, da Galiza, Castela e Leão, Extremadura e Andaluzia, tendo a biotecnologia como área-chave para o crescimento económico e científico deste território. Ao longo da sua execução, o projeto prestou serviços de apoio direto a mais de 130 PMEs e empreendedores. Na UMinho, o IberoBio envolveu cientistas do CEB, do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) e do Centro de Investigação em Gestão, Mercados e Sociedade (iBMS).
Fonte:UMinho












































