Proteger as abelhas e outros polinizadores como borboletas ou moscas-das-flores é o objetivo do Plano de Ação para a Conservação e Sustentabilidade dos Polinizadores, em consulta pública de hoje a 20 de novembro.
O Plano hoje colocado em consulta pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) é estruturado em três eixos: Investigação e Conhecimento, Práticas e Gestão, e Sensibilização e Ecoliteracia.
De acordo com o Ministério do Ambiente e Energia, em comunicado, o Plano integra 30 ações e 116 medidas que visam “reforçar o conhecimento científico, restaurar habitats, induzir práticas de gestão promotoras da biodiversidade e sensibilizar a sociedade para o papel crucial dos polinizadores”.
O documento foi desenvolvido no âmbito do projeto PolinizAÇÃO e em colaboração com o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, que lançou no passado sábado um guia de polinizadores de Portugal, com informação sobre 222 espécies polinizadoras.
O Ministério esclarece ainda no comunicado que o Plano resulta de um processo participativo que envolveu mais de 130 especialistas e representantes de mais de 90 instituições públicas e privadas, incluindo universidades, centros de investigação, organizações não-governamentais, autarquias e associações do setor agrícola e florestal.
Citada no comunicado, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, considerou o Plano um “processo fundamental para o reforço da legitimidade e da eficácia das medidas de conservação dos polinizadores e, também, para consolidar um modelo de desenvolvimento sustentável assente na valorização da natureza”.
O PolinizAÇÃO é “um compromisso nacional e um reconhecimento da importância crucial dos polinizadores para a vitalidade dos ecossistemas”, disse a ministra.
O projeto PolinizACÃO começou em setembro de 2023 e termina agora, tendo como principal objetivo, explica na sua página, “identificar ações concretas para melhorar o conhecimento e a conservação dos insetos polinizadores ao nível nacional, combater as causas do seu declínio e mobilizar e consciencializar a sociedade, assente num planeamento estratégico e cooperação a todos os níveis”.