O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que “problemas evidentes de comunicação” poderão explicar a morte de dezenas de pessoas durante o incêndio de Pedrógão Grande.
“As pessoas estavam a fugir porque se viram desoladas” e algumas “foram encaminhadas para uma situação que se revelou fatal”, declarou Passos Coelho aos jornalistas, no final de uma visita ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Castanheira de Pera.
Questionado sobre explicações para as presumíveis falhas do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), no primeiro dia do incêndio florestal que eclodiu naquele concelho do distrito de Leiria, afirmou não querer “poupar esse papel” ao Governo.
“O país precisa de uma explicação cabal para aquilo que se passou”, no dia 17 de junho, “para que as pessoas reganhem confiança no próprio Estado”, defendeu o presidente do PSD, frisando que “o Estado falhou e ainda está a falhar”.
Segundo Passos Coelho, o PSD “não aparecerá a pedir a demissão” da ministra da Administração Interna ou de outros membros do Governo, mas “não deixará de fazer a imputação de responsabilidades” de natureza política.
Importa, na sua opinião, que os cidadãos “recuperem a confiança no Estado”, depois de “uma tragédia como nunca aconteceu” em Portugal.
Pedro Passos Coelho exigiu ainda do Governo a aprovação de medidas que visem indemnizar as famílias das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande que morreram ou ficaram feridas em espaços públicos.