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– 30-04-2008 |
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FAO: o mundo deve aproveitar a oportunidade para impulsionar a agriculturaOs elevados pre�os dos alimentos não são s� uma amea�a, mas uma oportunidadeO Director Geral da FAO, Jacques Diouf, pediu ontem � comunidade internacional não s� que actue de imediato para solucionar a actual crise alimentar mundial, mas Também que aproveite a oportunidade que constitui o aumento dos pre�os dos alimentos e se evite que esta situa��o dram�tica se repita no futuro. Em comunicado publicado ontem no sitio na Internet da FAO, Diouf assegurou que �chegou o momento de relan�ar a agricultura, e a comunidade internacional não deveria perder a oportunidade.� O elevado pre�o dos produtos b�sicos alimentares necessita uma enfoque de dupla via, que inclua pol�ticas e programas para ajudar milhões de pobres cujos meios de subsist�ncia se encontram amea�ados, e que se d�em os passos para ajudar os camponeses no mundo em desenvolvimento a tirar partido da nova situa��o. �Temos que produzir mais alimentos onde são precisos urgentemente para conter o impacto do aumento dos pre�os sobre os consumidores pobres, e ao mesmo tempo relan�ar a produtividade e expandir a produ��o para criar mais oportunidades de rendimentos e emprego para os pobres rurais�, assegurou Diouf. �Devemos garantir que os pequenos camponeses t�m o acesso adequado aos recursos h�dricos e da terra e a factores de produ��o essenciais como sementes e fertilizantes. Isto permite-lhes aumentar a produ��o em resposta aos pre�os elevados, aumentando os seus rendimentos, melhorando os seus meios de subsist�ncia e finalmente, beneficiando Também os consumidores�, salientou o respons�vel da FAO. Cimeira em JunhoA questáo dos pre�os alimentares será debatida entre os próximos dias 3 a 5 de Junho quando os l�deres mundiais se reunirem em Roma a convite da FAO para assistir � Confer�ncia de alto nível. sobre a Seguran�a Alimentar Mundial e os Desafios das Altera��es Clim�ticas e a Bioenergia. Entre os participantes que j� confirmaram a sua presença figuram os presidentes da Fran�a, Nicolas Sarkozy e do Brasil, Luiz In�cio Lula da Silva, e o Secretario Geral da ONU, Ban Ki-moon. Enquanto os pre�os elevados dos alimentos agravam a insegurança alimentar e criam tens�es sociais, existe o perigo de que a crise fa�a sombra �s questáes a longo prazo, advertiu Diouf. �Para garantir -acrescentou- que os pequenos camponeses e as fam�lias rurais se beneficiem dos pre�os mais altos dos alimentos, precisamos criar um ambiente de pol�ticas favor�veis que alivie os problemas com que se confrontam o sector privado, os camponeses e os comerciantes�. Isto significaria alterar a tend�ncia do nível. de recursos públicos destinados � agricultura e desenvolvimento rural e investir mais em agricultura, destacou Diouf. Os investimentos do sector privado na agricultura e os sectores associados viriam depois se se realizassem investimentos adequados nos bens públicos. Limita��es, não apenas pre�os baixosalém dos pre�os historicamente baixos, os camponeses nos países em desenvolvimento t�m lutado contra limita��es que incluem a falta de infra-estruturas como o transporte e as comunica��es, acesso � tecnologia e serviços de extensão agr�ria, e sistemas de comercializa��o e cr�dito funcionando de forma correcta. A falta de regadios, em especial na �frica subsaariana, era outro dos grandes problemas que deve ser resolvido. Quando os pre�os dos alimentos subiram de forma espectacular na d�cada de 1970, muitos governos da �sia optaram por investir em regadios e investiga��o agr�cola, e isto constituiu um ponto de partida para um r�pido crescimento da produtividade que salvou milhões de pessoas da fome e da pobreza, recordou Diouf. �Hoje � preciso com urg�ncia uma resposta similar, em particular na �frica subsaariana�, acrescentou. No passado m�s de Dezembro, a FAO lanãou de forma urgente uma Iniciativa sobre a Subida dos Pre�os alimentares (ISFP, em ingl�s) para proporcionar a 37 Pa�ses de Baixos Rendimentos e D�ficit Alimentar (PBIDA) as sementes e factores de produ��o necess�rios para aumentar a sua produ��o dom�stica de alimentos. A FAO pediu 1 700 milhões de d�lares americanos. para executar o plano.
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