Não devemos tomar decisões com base em fundamentalismos vindos das redes sociais e na desinformação acerca do mundo rural, pois há alternativas, reais e sustentáveis, para os problemas ambientais
Hoje tenho a sorte de estar a passear pelo Saldanha. Enquanto caminho descontraidamente, penso na sorte que tenho em estar aqui, a passear em pleno centro da cidade, longe dos incautos bovinos que insistem em poluir o nosso planeta, por constantemente deixarem fugir incontáveis flatulências. E longe, bem longe dos malfadados olivais intensivos que destroem o nosso Alentejo, destruindo a identidade e paisagem, ávidos sorvedouros de água do nosso querido, e tão histórico, Alqueva.
Apesar de ser apenas uma paródia, a verdade é que existe hoje uma necessidade cada vez maior de optimizar a agricultura. Existem cada vez mais pessoas para essa agricultura alimentar, cada vez mais concentradas nas cidades.
É uma impossibilidade matemática: face ao número de pessoas que actualmente habita nas cidades um pouco por todo o mundo, como poderia a agricultura não ser super intensiva, industrializada, mecanizada e optimizada?