Quando, em meados dos anos 90 do século passado, a Europa resolveu proibir o cultivo e o uso de matérias primas e produtos, provenientes de variedades cultivadas que utilizavam a engenharia genética para o seu melhoramento, encetou um caminho equívoco e falso que continua a trilhar. De facto, a razão desta proibição baseou-se em duas perspetivas: a de que, tendo perdido a propriedade intelectual da tecnologia que criou, através dos trabalhos de “Jeff” Schell e Marc Montagu, na Bélgica, estaria em desvantagem comercial com o bloco americano, em particular em anos de acumulação de milho produzido na Europa; e de que o modo de produção dito “biológico” seria a via adequada para produzir bens agrícolas, apesar da sua ineficiência, da sua falta de suporte científico, da necessidade de maior área para produzir a mesma quantidade de alimentos e, em muitos casos, de uma qualidade inferior dos alimentos assim produzidos.
Pedro Fevereiro, Diretor Executivo do Laboratório Colaborativo InnovPlantProtect e Professor Catedrático Convidado do ITQB NOVA
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O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas Legumes e Flores.