Investigadores da Agência Nacional de Investigação e Inovação da Indonésia avaliaram o desempenho no terreno e as emissões de óxido nitroso do arroz Kitaake NUE, uma variedade de arroz geneticamente modificada para ter uma maior eficiência na utilização de azoto. As conclusões do estudo foram publicadas na última edição da revista Transgenic Research.
A maior parte dos factores de produção do arroz são fertilizantes azotados, mas a sua aplicação excessiva pode provocar poluição ambiental. Uma das principais conclusões de um estudo realizado por Investigadores da Agência Nacional de Investigação e Inovação da Indonésiaé que o arroz Kitaake NUE (geneticamente modificado para ter uma maior eficiência na utilização do azoto) irá contribuir significativamente para uma produção sustentável de arroz.
Após a avaliação do desempenho do Kitaake NUE (Nitrogen Use Efficiency na sigla em inglês), observou-se um aumento do rendimento do grão e da absorção de azoto, o que conduziu a uma maior eficiência na utilização deste elemento químico, mantendo simultaneamente mais baixos os fluxos de óxido nitroso. Com estes resultados favoráveis, os investigadores concluíram que o Kitaake NUE poderia ajudar a melhorar a eficiência do arroz na utilização do azoto, em condições tropicais.
CONCLUSÕES DOS ESTUDO
Desempenho Agronómico: O arroz Kitaake NUE demonstrou uma melhor eficiência na utilização de azoto em comparação com variedades convencionais. Isto significa que a plantarequer menos fertilizante nitrogenado para crescer de forma saudável e produtiva, ou seja, consegue absorver e utilizar o azoto de forma mais eficaz, conseguindo umamaior produtividadecom a aplicação de uma menor quantidade de fertilizante.
Emissões de Óxido Nitroso: Uma das principais preocupações na agricultura é a emissão de gases de efeito estufa, como o óxido nitroso (N₂O). O estudo revelou que o arroz Kitaake NUE reduz significativamente as emissões deste gas. Esta redução é crucial para mitigar os impactos ambientais da agricultura, contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis.
Impacto Ambiental: A utilização de arroz com eficiência na utilização de azoto pode diminuir a necessidade de fertilizantes azotados, que são uma das principais fontes de poluição agrícola. Menos fertilizantes não só reduzem os custos para os agricultores, mas também minimizam a lixiviação de nitratos para os cursos de água, protegendo assim os ecossistemas aquáticos.
Viabilidade Económica: Além dos benefícios ambientais, o arroz Kitaake NUE mostrou-se economicamente viável. A redução no uso de fertilizantes e o crescimento da produtividade podem aumentar o rendimento dos agricultores, tornando esta variedade uma opção atraente para uma agricultura sustentável.
Este estudo destaca a importância de continuar a desenvolver e implementar variedades de culturas geneticamente modificadas que não só aumentem a produtividade, mas também reduzem o impacto ambiental, promovendo uma agricultura mais sustentável e eficiente.
Leia aqui o estudo.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.