Escrevo este texto depois de ter lido, com interesse, mas sem surpresa, o texto de João Camargo publicado na edição on-line do Expresso de dia 16 de junho. Numa coisa estou de acordo com o investigador em alterações climáticas João Camargo: seis anos depois do fatídico verão de 2017, a situação que se vive na maior parte dos territórios é, em grande medida, mais grave do que há seis anos
De resto, João Camargo inclui-se, num majestático plural, entre aqueles que, “por inação, sentem vergonha”.
Curioso, mas nada surpreendente no texto em causa, é a clara e única intenção do autor: acusar duas empresas de terem dado a mão ao Governo (entre 2017 e os dias de hoje, depreende-se) para que nada acontecesse de diferente nos territórios.
Entendamo-nos: não é minha preocupação defender o Governo, nem as duas empresas referidas, das acusações que o investigador em alterações climáticas lhes dirige, embora me pareça muito grave que tais acusações de conluio possam passar em claro sem serem provadas. Mas esse é um problema do investigador em alterações climáticas.
Movem-me duas preocupações com este pequeno texto. Por […]