O GPP divulga a edição N.º 20 da publicação Cultivar – Cadernos de Análise e Prospetiva, com o tema Abastecimento alimentar – que fronteiras?
A ocorrência de surtos epidemiológicos, como é o caso da pandemia de COVID-19, as crises financeiras, as catástrofes ou a tensão geoestratégica, com os conflitos comerciais entre os principais blocos mundiais, são fatores que, sucessivamente, têm vindo a lançar um debate sobre a confiança nas cadeias de produção e distribuição globais e locais. No caso da garantia de abastecimento alimentar, esse debate encerra preocupações de maior sensibilidade, dado o carácter básico da alimentação na sobrevivência das populações.
A cadeia de abastecimento e valor dos produtos agroalimentares é muito extensa e envolve muitos intervenientes de dimensão diversa, devendo assentar num “contrato de confiança” entre o universo alargado dos consumidores e a base da cadeia, que são os agricultores e os restantes intervenientes. Contudo, nas situações de crise, questiona-se nomeadamente, qual a “fronteira” que nos fornece uma maior “segurança” para que as nossas economias possam assegurar o abastecimento alimentar.
Partiu-se deste ponto crítico para uma reflexão, integrando um conjunto de distintas visões e modelos sobre a melhor forma de garantir a necessidade básica da alimentação, tendo como questão de fundo as pressões decorrentes do processo de globalização das cadeias de valor, em particular ao nível dos produtos alimentares.
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