Sem concordar com todas as medidas tomadas por Capoulas dos Santos, o presidente da CAP diz, no entanto, que seria um excelente nome para comissário europeu da agricultura.
Não é concordante com toda a política do Governo para a Agricultura, mas Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) vê mérito em Capoulas dos Santos, ministro com a pasta.
Não se atreve a indicar se Capoulas dos Santos deve ficar com a mesma tutela num eventual governo socialista que resulte das eleições de outubro, mas já não é tão comedido a pedir que Portugal lute por ter um comissário europeu para a Agricultura. E nesse âmbito não tem dúvidas: “O ministro Capoulas Santos seria um belíssimo comissário para a Agricultura”, assume em entrevista ao Negócios e Antena 1 o presidente da CAP.
“Eu devo aqui fazer justiça. O senhor ministro Capoulas Santos foi um extraordinário relator para a política agrícola comum que vai acabar agora. Houve uma altura até que se pensava que ele regressaria a Bruxelas e que seria um bom comissário para a Agricultura e eu sou o primeiro a defendê-lo”.
Nomes à parte, Eduardo Oliveira e Sousa acredita mesmo que “estava na altura de haver um português a assumir essa pasta” e, reafirma, “seríamos muito bem representados se Capoulas Santos pudesse ser o próximo comissário”.
Os elogios não se estendem à governação que faz no Ministério da Agricultura. “Uma coisa é termos facilidade de acesso, franqueza nas relações, mas temos pontos de vista bastante diferentes”, diz o presidente da CAP, dando como exemplo a questão da água. “Gostaríamos que puxasse um pouco pela sua condição de ministro para levar o governo a estudar estas matérias”. E também não gostou da forma “como foi montado o denominado pacote florestal”. Outra área que contesta é a transferência de algumas competências.