“Sempre que tive oportunidade, em todos os momentos da minha intervenção na Europa, tive a atenção e cuidado de trazer este assunto para a mesa. Estamos a fazer o pleno da nossa missão diplomática para podermos garantir que esta situação vai ser ultrapassada e vamos conseguir repor uma atividade fundamental para os Açores e a ilha de São Jorge em particular”, disse Maria do Céu Albuquerque, após o Conselho de ministros da Agricultura da União Europeia.
A responsável governativa referiu que o assunto já fora abordado anteriormente com o comissário que transitou entretanto para a pasta do Comércio, Phil Hogan, com o novo comissário da Agricultura, Janusz Wojciechowski, e, agora, com o membro da Administração Trump para o setor, Sonny Perdue, desta feita num almoço de trabalho alargado a todos os ministros dos Estados-membros.
“Tivemos oportunidade de falar sobre algumas tensões comerciais que afastam o comércio entre a UE e os EUA. Mais uma vez, naquela sede, tive oportunidade de falar sobre a tensão que afeta os produtores portugueses, em particular a ilha de São Jorge, Açores, com a exportação do queijo, que tem expressão grande e está altamente lesada”, afirmou.
Segundo a ministra da Agricultura, houve “uma grande sensibilidade para esta questão” por parte do responsável norte-americano, “que não quer que afete as trocas comerciais e isso é sinal de que pode haver aqui uma bandeira branca em breve para alcançar aquilo que a UE e Portugal têm vindo a pedir”.
Maria do Céu Albuquerque referiu que, tal como Portugal, também França, Irlanda ou Holanda, entre outros, se manifestaram e, estando “todos à mesa e a falar a uma voz”, a expectativa é a de que “possa ter consequências num futuro próximo”.