A Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC) apresentou na passada sexta-feira (31 de maio) a marca Cereais do Alentejo, uma iniciativa que reúne cinco organizações de produtores com o objetivo de valorizar a produção nacional e que prevê gerar um volume de negócios de 2,5 milhões de euros em dois anos ao envolver cerca de dez mil toneladas de cereais e uma área cultivada de 3300 hectares.
A nova marca pretende, assim, “assumir um papel agregador na fileira dos cereais” e “contribuir para o desenvolvimento económico e social do país, através da redução da dependência alimentar externa e da consolidação e do aumento das áreas de produção”.
José Palha, presidente da ANPOC, sublinha que “a criação da marca Cereais do Alentejo surge na sequência do lançamento da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais em Portugal, coordenada pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral e na qual a ANPOC teve intervenção, mas também num contexto em que a segurança alimentar e a saúde pública têm vindo a tornar cada vez mais exigentes normas que garantam a proveniência dos produtos agroalimentares. E, neste em particular, o fator Portugalidade e o reconhecimento do valor dos nossos produtos têm um peso importante”.
“Nos últimos 30 anos, a área de produção em Portugal baixou de 900 mil hectares para cerca de 200 mil. Há que inverter esta tendência e tornar o setor mais atrativo. Ao criar uma marca única, que une produtores, investigação e indústria dos cereais estamos a dar o primeiro passo”, defende ainda José Palha.
No âmbito desta estratégia, a ANPOC já celebrou um contrato com a Germen, uma das maiores empresas de moagem de cereais em Portugal, e com a Sonae, a Auchan e a Cerealis, para a comercialização de produtos produzidos com cereais do Alentejo e para a produção de massas com o selo Cereais do Alentejo.
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