Mais de 200 especialistas em gestão de águas agrícolas de todo o mundo vão estar reunidos no primeiro Fórum Internacional sobre Escassez de Água na Agricultura que decorre na cidade da Praia, em Cabo Verde, a partir de terça-feira.
Trata-se de um evento organizado no contexto do Quadro Global para a Água na Agricultura (WASAG) sob o patrocínio do Governo de Cabo Verde, em colaboração com a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), agência especializada das Nações Unidas, o Ministério das Políticas Agrícolas, Alimentares e Florestais da Itália e o Serviço Federal de Agricultura da Suíça (FOAG).
O primeiro dia do encontro decorre na terça-feira, Dia Mundial da Água, este ano com o tema “Não deixar ninguém para trás”.
Uma nota da FAO Cabo Verde refere que a iniciativa visa “obter acordos relativamente às ações prioritárias para enfrentar a crescente pressão dos impactos das mudanças globais na escassez de água na agricultura”.
A diretora-geral adjunta da FAO, Maria Helena Semedo, disse esperar que os participantes atuem sob os compromissos assumidos durante o fórum, inspirados “pelo exemplo de Cabo Verde, que está a adotar tecnologias inovadoras de gestão da água para lidar com a seca que o país está a atravessar”.
Com foco em Cabo Verde, Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e países da África Ocidental, os participantes do fórum, que termina no dia 22, irão analisar e discutir “como a escassez da água na agricultura pode ser abordada e transformada numa oportunidade para o desenvolvimento sustentável e para a segurança alimentar e nutricional”, segundo a FAO Cabo Verde.
O WASAG foi criado em 2017 pela FAO e reúne mais de 60 parceiros, incluindo governos e organizações intergovernamentais, agências da ONU, instituições académicas e de pesquisa, e organizações da sociedade civil e do setor privado de todo o mundo.
Todos estão “comprometidos em identificar e implementar respostas concretas para abordar em conjunto a escassez de água na agricultura, num mundo onde as alterações climáticas são uma preocupação”.
Fonte: Sapo.pt