As autoridades moçambicanas apreenderam um total de 1.933 toros de madeira em 2020 só na província de Tete, no centro do país, devido à exploração ilegal, anunciou hoje fonte oficial.
“No ano transato houve uma apreensão de 1.933 toros de espécies, correspondentes a um volume total de 719,52 metros cúbicos”, disse à comunicação social na província de Tete Óscar Zalimba, diretor provincial de desenvolvimento territorial e ambiente de Tete.
Trata-se das espécies chanfuta, chacate preto, mondzo e chanato.
Segundo o responsável, na sequência de trabalhos de fiscalização, em 2020 foram ainda aplicadas 148 multas, avaliadas em mais de 23 milhões de meticais (269 mil euros) naquele a província do centro de Moçambique.
De acordo com dados avançados pelas autoridades ambientais, o setor arrecadou um total de mais de 69 milhões de meticais (809 mil euros) em receitas, contra mais de 52 milhões de meticais (609 mil euros) em 2019.
Vários relatórios nacionais e internacionais têm indicado que Moçambique está a ser palco de crimes ambientais, entre os quais o corte ilegal de árvores, alertando para as consequências dos altos níveis de desflorestação.
Como forma de diminuir a pressão sobre os recursos florestais, algumas medidas restritivas foram aplicadas nos últimos cinco anos para inverter o cenário.
Dados oficiais indicam que Moçambique perde anualmente, pelo menos, 140 milhões de euros devido ao contrabando de madeira.