Investimento superior a 166 mil euros ao abrigo do PRR permitirá aumentar a produção, apoiar a investigação e preparar o futuro da floresta madeirense.
A Região Autónoma da Madeira está a concluir a instalação de duas estufas inteligentes nos viveiros florestais, estruturas equipadas com sistemas de monitorização remota e irrigação inteligente que prometem revolucionar a produção de plantas e reforçar a sustentabilidade ambiental. É um novo passo na modernização e inovação do setor florestal, com a instalação das duas estufas inteligentes nos viveiros florestais da Santa, no Porto Moniz, e do Pico das Pedras, em Santana. O investimento, no valor de 166.486,00 euros, é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e enquadra-se na política do Governo Regional para reforçar a sustentabilidade ambiental e a capacidade de produção florestal.
Cada estufa terá 100 metros quadrados e está equipada com tecnologia de última geração, incluindo câmaras de vídeo, sistemas de monitorização remota que permitem acompanhar em tempo real variáveis ambientais, e controlo inteligente da irrigação, que poderá ser ajustado à distância através de computador ou telemóvel. Entre os equipamentos instalados destacam-se, também, as bancadas de enraizamento com aquecimento localizado, os sistemas de sombreamento e ventilação forçada, o revestimento em policarbonato cristal e uma central de fertirrega com capacidade para cinco tanques de fertilizantes, assegurando maior precisão no fornecimento de nutrientes às plantas.
O secretário regional de Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, acompanhado pelo presidente do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), Manuel Filipe, já conheceu um destes equipamentos inteligentes que se encontra em fase de conclusão no viveiro florestal da Santa. A visita permitiu observar de perto as funcionalidades do novo equipamento, que deverá entrar em funcionamento em breve.
Para Eduardo Jesus, este investimento representa “um marco na modernização da produção florestal da Madeira”. O governante sublinhou que a Região não pode ficar alheia aos desafios ambientais e à necessidade de reforçar a resistência das suas florestas: “Estamos a dotar os viveiros da Madeira de meios tecnológicos avançados, que nos permitirão aumentar a capacidade de produção, melhorar a qualidade das plantas e dar uma resposta mais eficaz aos desafios que enfrentamos, desde as alterações climáticas até à recuperação de áreas degradadas. Esta aposta insere-se na visão do Governo Regional de reforçar a sustentabilidade e de colocar a inovação ao serviço da conservação da natureza. É uma medida concreta que garante mais eficiência e que prepara o futuro da nossa floresta, assegurando que as próximas gerações herdam um património natural mais robusto e protegido.”
O presidente do IFCN, Manuel Filipe, destacou, por seu lado, a importância técnica destas estufas inteligentes, sublinhando que vão permitir dar um salto qualitativo na forma como se produz e acompanha o crescimento das plantas:
“Com estas novas estruturas conseguimos criar condições muito mais controladas e ajustáveis ao ciclo de vida de cada espécie. O facto de podermos monitorizar remotamente todos os parâmetros ambientais traduz-se numa maior taxa de sucesso no enraizamento e no desenvolvimento das plantas, o que significa plantas mais resistentes e mais bem preparadas para a sua integração no meio natural. Além da produção regular, estas estufas vão também possibilitar a realização de ensaios experimentais e projetos de investigação em melhoria vegetal, abrindo caminho para novas soluções adaptadas às condições específicas da Madeira.”
Nota enviada pelo Governo Regional da Madeira.