Como vê o sector agrícola em Portugal e quais devem ser as três prioridades para o setor?
O sector agrícola português tem potencial para crescer e modernizar-se, desde que haja execução e visão estratégica. As três prioridades são claras: Primeiro, a água e o regadio, com a concretização da meta de aumento da área de regadio nos próximos dez anos, através da execução do projeto “Água que une”; Segundo, o apoio ao investimento e à modernização tecnológica, essencial para a competitividade; Finalmente, a renovação geracional, garantindo juventude e presença humana nas zonas rurais.
Sabendo que um PR atua mais como um catalisador e orientador estratégico, que tipo de ações promoveria para o desenvolvimento do sector agrícola e florestal?
O Presidente da República pode e deve ter um papel ativo como catalisador e orientador estratégico. Um bom exemplo foi a iniciativa “Portugal Rural”, promovida pelo Presidente Cavaco Silva, que contribuiu para valorizar politicamente a agricultura, a floresta e o mundo rural. Nesse espírito, durante o meu mandato, darei prioridade à valorização do sector agrícola e florestal no debate nacional. O sector precisa de comunicar à Sociedade aquilo que faz bem, que não é pouco, e o Presidente da República poderá ajudar nessa tarefa. Paralelamente, promoverei, no que estiver uma posição nacional unida na negociação do próximo Quadro Financeiro Plurianual, evitando cortes no Programa de Desenvolvimento Rural, fundamental para o apoio ao investimento e à modernização tecnológica. Finalmente, promoverei um entendimento alargado, sobre áreas prioritárias como as que mencionei acima, nomeadamente o projeto Água que Une, os Jovens, que considero poderem beneficiar muito do consenso político alargado. Daria também prioridade à valorização do investimento agrícola, consolidando os avanços no apoio ao rendimento e incentivando uma estratégia nacional de renovação geracional, alinhada com as novas iniciativas europeias.
Qual é o seu posicionamento sobre a expansão do regadio em Portugal, nomeadamente, através da Água que Une?
A expansão do regadio é essencial para o futuro da agricultura. A iniciativa Água que Une foi uma excelente decisão estratégica, que agora precisa de ser executada. É um projeto com benefícios que vão além da agricultura, pelo que deve ter financiamento diversificado e uma abordagem integrada, assegurando que a água é um verdadeiro fator de desenvolvimento económico e territorial.
Fonte: Agroportal Redacção














































