O dirigente comunista João Oliveira insurgiu-se hoje contra as “opções políticas erradas” de PS e PSD ao longo de anos que não priorizaram a “soberania alimentar” do país, e apelou à diversificação da produção agrícola portuguesa.
No Cruzamento de Quintos, na estrada perto de Baleizão que faz a ligação entre Beja e Serpa, o líder parlamentar do PCP observou com o cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Beja, João Dias, várias culturas de olival e amendoal.
Com a imensidão de culturas como pano de fundo, João Oliveira apontou o dedo às “opções políticas erradas” dos diferentes executivos PS e PSD que não consideraram a “soberania alimentar” de Portugal como uma prioridade para o país.
Na ótica dos comunistas, Portugal deveria produzir bens alimentares em quantidade suficiente para satisfazer as necessidades da população e diminuir a dependência das exportações destes produtos.
O membro da Comissão Política do Comité Central do PCP considerou hoje que houve falta de “planeamento” e que as decisões tomadas foram “no sentido contrário” deste objetivo.
Depois, João Oliveira recorreu às tradições gastronómicas portuguesas para demonstrar o que considera ser um desequilíbrio na produção agrícola que apenas tem como prioridade o “lucro máximo e o lucro imediato”.
“Dá-se de podermos ter muita azeitona a ser produzida no olival superintensivo, a partir daí podermos ser um país produtor de azeite e até exportador, mas depois não temos as batatas para serem regadas com o azeite, não temos o pão para fazer a açorda”, sustentou.
Por isso, o dirigente comunista apelou à “diversificação da produção”.