Há umas semanas que não se fala de outra coisa em Vila Nova de Santo André. Durante a madrugada, uma família de javalis é vista a revirar o solo. A população está amedrontada e inquieta. David Gorgulho garante que a Junta está a resolver o problema.
A história não é nova. No entanto, com o passar do tempo, parece não só estar a piorar, como também a alastrar-se. Em janeiro, o Nascer do SOL dava a conhecer as preocupações de alguns agricultores e caçadores do Litoral Alentejano relativamente ao aparecimento e aumento da população de javalis na região e em zonas desadequadas. Estes eram avistados não só em campos agrícolas – que acabavam por destruir e a matar o gado – como também no meio da cidade, causando medo à população de Vila Nova de Santo André. Já nessa altura se falava numa «situação insustentável», com um caçador a revelar que, há uns anos, numa noite, caçava um ou dois javalis, enquanto nos últimos dois anos chega, muitas vezes, aos sete. Recorde-se que, em maio, o Governo apresentou um plano no qual se constatou uma sobrepopulação destes animais a rondar os quatrocentos mil. E, pelo que se tem observado nas últimas semanas, a localidade pertencente ao concelho de Santiago do Cacém, continua a sofrer com a sua presença, que tem causado «danos severos».
Em busca de comida
Já se foi a luz do dia em Vila Nova de Santo André. É meia noite e os únicos sons que se ouvem são de grilos, rãs ou dos motores dos poucos carros que passam. Se nos mantivermos atentos, é possível, ao longe, ouvir o mar. Reina a paz e a tranquilidade. No entanto, para muitos dos moradores desta pequena cidade do litoral alentejano, as noites das últimas semanas têm sido de inquietação e receio, já que, deambulando pelas estradas, jardins e canteiros, se veem javalis em grupo, procurando comida e […]