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– 08-06-2004 |
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Itália : Autoridades vão certificar pizzas "autênticas" para proteger o íconeRoma, 07 Jun Meras cópias da verdadeira pizza napolitana são as que não respeitam oito regras detalhadas pelo Ministério da Agricultura italiano e que, a partir deste mês, darão um selo de qualidade aos restaurantes que respeitarem a forma de fabrico e apresentação do prato. Publicadas na Gazeta Oficial italiana, o Diário da República local, as regras detalham desde o tipo de farinha, tomates e óleo a utilizar às variantes permitidas "oficialmente". As dezenas de possibilidades que os restaurantes mais criativos sugerem foram descartadas pelas autoridades italianas. Assim, só há três tipos de pizza autêntica: a "marinara", com alho e orégão, a Margherita, com queijo mozzarella dos Apennines, e a extra-Margherita, que exige tomates frescos e queijo de Campania, a região da cidade que inventou o prato, Nápoles. A massa tem de ser preparada à mão e os fornos eléctricos são impensáveis: a verdadeira pizza é feita em fornos de lenha que mantenham a temperatura exacta de 485 graus. As regras são tão detalhadas que uma das cláusulas até explica como o azeite deve ser espalhado. "Não é permitido o uso de rolos da massa ou de outros instrumentos mecânicos", explicam as regras. Quem respeitar exactamente o que, agora, está escrito na lei, pode chamar um responsável do Ministério da Agricultura que, após consulta ao local de fabrico e uma vistoria aos ingredientes dará um autocolante de "qualidade" que pode ser utilizado na publicidade da casa. Estimativas de responsáveis do sector garantem que dos 23 mil restaurantes de pizza na Itália – responsáveis pelo fabrico semanal de mais de 56 milhões de pizzas – cerca de 200 vão receber de imediato o selo de qualidade. Para Allfredo Folliero, da Associação de Pizza Tradicional, a lei é um reconhecimento tardio de um aspecto essencial da cultura napolitana, a pizza, e da cidade que garante ter inventado, já lá vão 300 anos, um dos produtos culinários mais conhecidos no mundo. "Fazer pizza é uma forma de arte. É preciso paixão para fazer pizza", explica Folliero. "Tem tudo a ver com a massa, com a técnica de a rolar, de a espremer, de fazer um círculo perfeito". Visando uma acção mais ampla do que a simples resolução dos debates sobre a essência da verdadeira pizza, a estratégia das autoridades italianas tenciona garantir a protecção da sua culinária, e da cultura a ela associada, no mundo e em particular na União Europeia. Contudo, as regras acabaram por não ser totalmente bem acolhidas. Alguns órgãos de comunicação social italianos consideram a decisão "um acto de amor", mas dizem que demonstra "algum desespero da parte das autoridades". É que, como argumentou o diário Il Sole 24 Ore, a pizza é hoje "uma comida sem estado e sem bandeira".
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