O Ministério da Economia, a Cotec e o IAPMEI apresentam esta terça-feira a segunda fase do Programa Indústria 4.0, através da qual chegarão, nos próximos dois anos, 600 milhões de euros de apoios às empresas para promover a transformação digital.
O evento, que decorre no Campus da Universidade do Minho em Guimarães, conta, ainda, com uma mostra tecnológica. De entre os vários participantes, destaque para o ISQ que irá abordar a otimização industrial com projetos nas áreas de gestão de ativos, gestão de recursos e operações inteligentes. A empresa, liderada por Pedro Matias, desenvolveu um protótipo inovador de um dispositivo móvel de Realidade Virtual para dar apoio à manutenção aeronáutica no âmbito do Projeto Internacional AIRMES – Airline Maintenance Operations implementation, que reúne vários parceiros nacionais e internacionais e pretende otimizar as atividades de manutenção end-to-end dentro do ambiente do operador de manutenção de aeronaves.
Outro projeto que o ISQ expõe em Guimarães é o ECOPROSYS, um software com ferramentas e recursos que ajudam as empresas a reduzirem os seus encargos ambientais. “No fundo, trata-se de uma metodologia integrada de eco-eficiência para sistemas de produção que permite quantificar os níveis de eficiência das empresas, por forma a tornarem-se mais sustentáveis, com políticas eco friendly“, destaca o ISQ em comunicado, acrescentando que esta metodologia “pretende dar resposta e trazer soluções para a sustentabilidade global. Isto no quadro do consumo global: estamos a consumir os recursos naturais do planeta a uma velocidade estrondosa e calcula-se que cerca de ¾ da população mundial vive em países que consomem, anualmente, mais 30% dos recursos para além dos que a Terra tem capacidade de reabastecer. Esta premissa tem um grande impacto ecológico, nomeadamente nos processos de desflorestação, solos degradados, poluição do ar e da água e extinção de várias espécies do ecossistema”.
Destaque, ainda para o SIM4.0 – sistemas inteligentes de monitorização. Este projeto, coordenado pelo ISQ, visa transferir conhecimento científico e tecnológico sobre sistemas inteligentes de monitorização para o tecido industrial nacional. Incide nas fileiras dos bens e equipamentos, componentes e agroalimentar do Norte, Centro e Alentejo de Portugal. “O projeto está focado na necessária transição das empresas (sobretudo PME) para novos referenciais industriais, o que requer, por um lado, sensibilização para a necessidade de mudança de paradigma e, por outro, transferência de conhecimento científico e tecnológico que permita a sua capacitação”, explica o ISQ.
Recorde-se que o Grupo ISQ integra o comité estratégico do Programa Indústria 4.0, a convite do Governo, e no qual estão presentes empresas como a BOSCH, a SIEMENS, a Autoeuropa, a Google, a Huawei, a Altice/PT, a Microsoft ou entidades como a CIP, a ANI ou a COTEC. “Este convite constituiu uma honra para o ISQ. Veio permitir um diálogo muito importante com os restantes elementos do Comité Estratégico e diversos parceiros nacionais e internacionais desta iniciativa” assinala o presidente do ISQ, Pedro Matias, sublinhando que o grupo “tem já em curso alguns projetos e iniciativas nesta área”.