A Secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, afirmou que o Portugal evoluiu em termos de prevenção de incêndios, desde 2017, mas sublinhou que «o risco zero não existe» e que as alterações climáticas são uma realidade.
Na sessão de abertura do Curso Internacional Segurança Pessoal nos Incêndios Florestais, integrado na IX Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais, que decorre em Coimbra, Patrícia Gaspar sublinhou que as alterações climáticas têm um impacto cada vez mais expressivo nos incêndios rurais.
«Temos todos um grande desafio pela frente, pois os próximos anos serão provavelmente difíceis, como foi difícil o verão do ano de 2022, não só aqui Portugal, mas em diferentes países da Europa. Enfrentámos um verão muito difícil, com condições meteorológicas de extrema severidade, a que se associaram a condição de seca extrema, de seca severa em grande parte do território nacional, e onde tivemos ocorrências de incêndios rurais muito difíceis de gerir», referiu.
Ao longo da sua intervenção, a Secretária de Estado aludiu à evolução que o país registou, depois dos incêndios de 2017, embora tenha revelado que há ainda muito por fazer.
«É inegável constatar as diferentes conquistas que já foram alcançadas desde 2017, em que temos um novo sistema de gestão integrada de incêndios rurais, com um plano de ação que está associado. São estratégias, são orientações, é uma bússola que nos vai garantidamente ajudar a orientar os nossos trabalhos, a nossa atuação, as nossas intervenções durante os próximos dez anos», indicou.
A IX Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais, promovida pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), decorre em Coimbra até dia 18 de novembro.
Reúne mais de três centenas de investigadores e técnicos de todo o mundo, para discutirem temas relacionados com a gestão dos incêndios na perspetiva da investigação científica, gestão, redução e adaptação ao risco, comportamento do fogo e sistemas de apoio à decisão.
Fonte: Governo