O primeiro-ministro, Luís Montenegro, deixou hoje uma palavra de “esperança e confiança” a todas as populações atingidas pelos incêndios de setembro, destacando a rapidez de atuação do Governo na disponibilização de apoios financeiros às pessoas afetadas.
“Ainda não passou um mês dos dias aflitivos que Portugal viveu e esta resposta rápida é essencial para que as pessoas possam ter esperança de que vale a pena reinvestirem para poder ter uma vida melhor”, referiu o primeiro-ministro.
Montenegro falava aos jornalistas à margem de uma sessão em Albergaria-a-Velha que serviu para anunciar um pacote de 104.300 euros de ajuda para 22 agricultores deste concelho do distrito de Aveiro, que foram afetados pelos incêndios.
O chefe do Governo aproveitou a presença em Albergaria-a-Velha, que, segundo o mesmo, foi o concelho mais afetado do país nos incêndios de setembro, do ponto de vista da dimensão dos prejuízos, para deixar “uma palavra de esperança e de confiança a todas as populações atingidas”.
“Sabemos que é um momento difícil, duro, o da recuperação”, disse, adiantando que o Governo está “empenhadíssimo em poder ser rápido e ágil” para levar a ajuda a todos aqueles que sofreram os “efeitos devastadores dos incêndios”.
O primeiro-ministro realçou ainda que hoje na Assembleia da República foi aprovado, por unanimidade, um conjunto de instrumentos que “vão tornar mais ágil a ajuda a dar às populações, instituições e empresas”.
Antes, perante uma plateia onde estavam vários autarcas de concelhos do distrito de Aveiro afetados pelos incêndios, o primeiro-ministro dirigiu uma palavra aos 22 agricultores de Albergaria-a-Velha atingidos pelos incêndios, adiantando que entre hoje e segunda-feira terão nas suas contas as compensações para poderem começar a trabalhar.
“Trata-se de um primeiro pacote de ajuda a que se seguirão outros e de outras atividades também”, afirmou, prometendo “simplificar ao máximo a disponibilidade das ajudas”.
Sem esquecer os empresários deste concelho afetados pelos incêndios, Montenegro prometeu também neste caso uma atuação rápida para recolocar as industrias a funcionar.
“Sabemos que há muita gente que está com as suas vidas profissionais suspensas e muitas empresas que estão a necessitar de um apoio rápido para se poderem financiar para poder adquirir ou recuperar equipamentos e retomar uma atividade regular. Seremos o mais rápidos e o mais simplificados nos procedimentos para também nessa vertente não perdermos tempo”, concluiu.
Na mesma ocasião, o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro (CDS) apelou à implementação de programas de apoio “diretos, simples e rápidos” para que a atividade produtiva seja reposta no mais curto espaço de tempo possível.
O autarca disse ainda que o concelho “continua de luto e a lutar por melhores dias”, considerando indispensável “manter no terreno equipas de apoio psicológico e psicossocial à população mais afetada”.