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– 02-06-2004 |
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Inc�ndios : Sistema inform�tico ajuda bombeiros a combater o fogo em cada terrenoLisboa, 01 Jun O sistema, desenvolvido pela Universidade de Tr�s-os-Montes e Alto Douro e que será apresentado quarta-feira, permite medir o grau de dificuldade do combate aos fogos florestais em cada terreno e indicar aos bombeiros a melhor forma de lutarem contra as chamas no local. A conjuga��o inform�tica de imagens de satélite e de informações geogr�ficas das zonas a estudar – altitude, declive, estradas, entre outros – permite estabelecer um "�ndice de aptid�o para o combate a fogos florestais", explicou � Lusa o professor da Universidade de Tr�s-os-Montes e Alto Douro (UTAD) Jos� Aranha, que na quarta-feira apresenta o sistema em Lisboa. No VIII Encontro de Utilizadores de Informação Geogr�fica, que decorre em Oeiras entre quarta e sexta-feira, o investigador vai explicar que uma das grandes vantagens deste sistema – desenvolvido pelo departamento de estudos florestais da UTAD, de que Jos� Aranha � vice-coordenador – � permitir aos bombeiros de corpora��es vizinhas "saber o que os espera no terreno a trabalhar". "Muitas vezes v�o combater inc�ndios corpora��es de bombeiros vizinhas, que não conhecem os terrenos", explicou � Lusa Jos� Aranha, acrescentando que com este sistema, os homens poder�o ir para o terreno sabendo de antem�o qual o �ndice de facilidade de combate, qual a vegeta��o existente, qual o declive, a altitude, e outras informações. O �ndice, que j� está calculado para os distritos de Vila Real e Bragan�a, poderia ser aplicado ao resto de Portugal imediatamente, diz o respons�vel, j� que "as vari�veis utilizadas estáo dispon�veis para todo o país". "� s� uma questáo de as pessoas se dedicarem a calcular o �ndice", disse o professor, sublinhando que este trabalho deveria ser desenvolvido através de uma parceria entre os centros de investiga��o de cada regi�o (universidades, polit�cnicos), o Instituto Geográfico de Portugal e o servi�o Nacional de Bombeiros e Protec��o Civil. Adiantando que j� existem �ndices de perigo de inc�ndio para praticamente todo o país – um trabalho que a UTAD e o IGP realizam desde 1990 – Jos� Aranha lembra que "em termos de facilidade ao combate s� este ano se come�a a discutir". O professor diz esperar que a sua apresentação no encontro de quarta-feira "seja o pontap� de sa�da para uma mudan�a na abordagem do combate aos fogos florestais". Para o investigador, que estuda a questáo dos inc�ndios florestais e acompanha as estratégias de combate desde 1996, "muitas vezes existem meios, pessoas e empenhamento, mas o combate � dificultado" por factores como a dificuldade de acesso ao local do fogo. "Muitas vezes os bombeiros não conseguem entrar nas matas" – porque os estrad�es florestais não estáo limpos ou não existem – "e os bombeiros ficam � espera que os fogos cheguem �s estradas ou �s povoa��es, para poderem combaté-los", defende. Questionado sobre o plano de combate aos inc�ndios do Governo para este ano – que prev� que 30 homens da Engenharia Militar se dediquem diariamente � abertura e limpeza de caminhos e aceiros entre 19 de Abril e 30 de Maio – o respons�vel admitiu ser positivo, mas sublinhou que esse trabalho está a ser realizado sobretudo nas regi�es priorit�rias. "J� foi feito muito trabalho, temos visto o ex�rcito a fazer limpezas e a abrir caminhos, mas por exemplo em Tr�s-os-Montes as matas encontram-se na mesma situa��o de antes", disse. Em 2003, os inc�ndios florestais devastaram 423.276 hectares em Portugal, o que representa quatro vezes mais do que a média anual do dec�nio de 90 e mais do dobro do pior ano até ent�o, que foi 1991, segundo o Relatério Final da Comissão Parlamentar Eventual para os Fogos Florestais. Os fogos causaram 20 mortos, entre os quais quatro bombeiros, e danificaram cerca de 2.500 edif�cios. Os inc�ndios florestais em 2003 causaram 400 milhões de euros de preju�zos, segundo o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.
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