O Grupo Torrestir, que opera na área de logística e transportes de mercadorias a nível nacional e internacional, anunciou recentemente o recrutamento de 200 novos colaboradores até ao fim do ano e um investimento de 45 milhões de euros na renovação da sua frota e na construção de uma nova sede e de uma plataforma logística – o terminal logístico de Vilaça, representa, só por si, um investimento de 35 milhões de euros. O anúncio foi feito no âmbito da visita do secretário de Estado do Planeamento, José Gomes Mendes, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, à sede do grupo, em Braga, no dia 29 de Maio, onde estiveram em foco as medidas que a Torrestir tomou para prosseguir a sua actividade no contexto da pandemia de covid-19 e os seus planos para o futuro.
Para «evitar disrupções de abastecimento dos bens essenciais», nomeadamente bens alimentares e produtos farmacêuticos, durante a pandemia da covid-19, «o Grupo Torrestir reforçou os seus serviços e frota, totalmente equipada para o efeito, cumprindo as boas práticas de distribuição de medicamentos e de produtos alimentares», explica um comunicado. Além do reforço da capacidade de distribuição das subsidárias Torrespharma e Torrestir Distribuição, a empresa alargou o âmbito dos serviços, «passando a fazer entregas ao domicílio».
«Tivemos de adquirir alguma frota nova para fazer a distribuição de bens alimentares. Criámos parcerias com pequenos agricultores e pequenas fábricas de queijo, enchidos, que apostaram na preparação e venda de cabazes, além de estarmos a fazer também distribuição de medicamentos porta-a-porta. Tivemos de contratar espaço em aviões na China, para trazer material médico e máscaras. Trabalhámos noite e dia, o que não é fácil, para conseguirmos chegar a tempo. Reservávamos os voos. Hoje era um preço, amanhã já era outro e tudo era pago adiantado. Não foi fácil, mas já estamos habituados às pressões: fazemos a distribuição no nosso País em 24 horas, fazemos em Espanha, parte em 24 horas e outra parte em 48 horas, fazemos na Europa em 48 horas. Temos uma frota nova, não colocámos ninguém em layoff, mantemos o pessoal todo, pagamos os nossos impostos, não nos atrasámos em relação a ninguém e temos tudo em dia – isso é um prazer muito grande para nós», afirmou Fernando Torres, Presidente do Grupo Torrestir. Com quase 60 anos de actividade e uma facturação superior a 220 milhões de euros, a Torrestir emprega mais de 2.000 pessoas.
Tendo em conta os planos de investimento e de expansão do Grupo Torrestir, secretário de Estado do Planeamento disse que «percebemos que esta é uma empresa que já viveu muito e que não se deixa abater por uma crise», acrescentando que «continua a entender que o seu principal activo são os seus trabalhadores», «que aposta também em sistemas de informação muito avançados, o que a torna mais competitiva», e que «continua a expandir e a ter uma ideia muito clara relativamente à necessidade de inovar». «Ainda há pouco nos foi apresentado um novo projecto, que permite aumentar, com certeza, a eficiência da empresa, mas permite endereçar um dos mais importantes aspectos deste sector dos transportes e da logística, que é a redução de emissões de CO2 – ou seja, sermos capazes de transportar mais, de forma mais fiável e, e em simultâneo, sermos capazes de proteger o ambiente e fazermos aquilo que é a transição verde», assinalou José Gomes Mendes.
Na ocasião, o secretário de Estado do Planeamento expressou ainda o seu agradecimento «às empresas de transportes e logística, que são também heróis», porque «permitiram que, apesar de todas as dificuldades, conseguíssemos ter produtos em casa e que alguns sectores da economia continuassem a trabalhar». O secretário de Estado das Infraestruturas agradeceu igualmente a «atitude» e a «proactividade» do sector e referiu que foi graças a uma «estreita e leal colaboração» com o sector que «conseguimos manter o País e a economia a funcionarem» e «que conseguimos ir ultrapassando as dificuldades, que passaram por termos que derrogar algumas situações relacionadas com as horas de condução, com as questões da fronteira».