[Fonte: Rádio Campanário] Decorreu na tarde desta sexta-feira (7 de junho), em Crato, a apresentação dos resultados da Comissão de Avaliação para a Construção da Barragem da Pisão, em que foi anunciada a construção da infraestrutura esperada há décadas pela região.
Em declarações exclusivas à RC, Pedro Siza Vieira, Ministro da Economia, afirma que “agora vamos dar início aos estudos e projetos” nomeadamente de impacto ambiental e de ordenamento do território”, sendo esperado o lançamento da obra dentre de cerca de 5 anos.
Havendo ainda muito trabalho pela frente, está concluída a fase crucial, que era “verificar que tínhamos condições para justificar economicamente esta barragem”, “que se justifica seguramente por razões estratégicas “.
“Isto não é o fim, não é sequer o princípio do fim, é o fim do princípio”, foi assim que o Ministro da Economia concluiu o discurso em que avançou a construção da Barragem do Pisão.
“Este projeto tem caraterísticas diferentes das historicamente encaradas”, sendo que para a decisão da comissão, destaca 3 pontos: a aprovação do Roteiro da Estabilização Carbónica, que se direciona para a construção de um mundo melhor, mudança em que Portugal está à frente.
O segundo fator é o compromisso do Estado com a valorização do interior, visando “permitir criar riqueza e usufruir do património do território”. O governante afirma que “sem estes fatores não seria possível colocar na agenda um projeto tão decisivo”.
Por fim, o governante destaca a o trabalho contínuo das pessoas na precursão do objetivo de “provar que era viável” e garantir que todas as ideias eram testadas. Destacando a insistência dos políticos e autarcas, felicita o grupo de trabalho.
Para o ministro da agricultura, Luís Capoulas Santos, a barragem do Pisão é “um projeto tal como consta do relatório do grupo de trabalho, que apresenta uma cascata de procedimentos importantes”.
O ministro afirma que o mais importante neste momento “é que foi possível definir o modelo, tanto o de governança como o de financiamento”.
Luís Capoulas Santos aponta aos nossos microfones que “agora trata-se de seguir os normais procedimentos em qualquer obra de grande envergadura”, especificando que “em primeiro lugar temos de finalizar os projetos de execução, elaborar os estudos de impacto ambiental, a adjudicação dos processos de execução e a execução da obra”.
O ministro refere ainda que “esta obra tem três a quatro anos de trabalhos físicos” e um custo orçamentado de cerca de “160 milhões de euros”.
Luís Testa, deputado do Partido Socialista (PS), eleito pelo círculo de Portalegre para a Assembleia da República, em declarações à RC afirma que “foi necessário serem conjugadas muitas vertentes, muitas vontades” para “aduzir valor ao projeto” e provar a sua viabilidade e “de que isto era absolutamente essencial para uma região”
O deputado destaca a esta estação emissora o papel do Ministro da Economia Pedro Siza Vieira “na conjugação, a partir do Governo, de 4 ministérios muito importantes” para o projeto.
Questionado sobre a verba, aponta “a inovação que foi construída com a colocação da planta fotovoltaica no espelho de água”, com possibilidade de ser construído um parque fotovoltaico de 150 megawatts, que permite gerar “rendimento suficiente para pagar a construção deste projeto”, não havendo assim “necessidade de compromisso financeiro de cada um dos ministérios”.
“Neste momento é preciso meter o plano em marcha, que ele tem financiamento garantido”, declara.
O deputado mostra-se convencido de que “no início do próximo ano podemos já assistir a decisões que tonam irreversível”.
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