[Fonte: O milho]
O ministro da Agricultura afirmou hoje, em Vila Verde, que até 2023 vão ser investidos 591 milhões de euros em regadios, para tornar o setor mais competitivo e aumentar a sua capacidade exportadora.
Segundo Capoulas Santos, neste momento já estão aprovados cerca de 200 projetos de pequenos, médios e grandes regadios, num investimento de 311 milhões de euros.
Estão ainda previstos mais 280 milhões de euros para ampliar em mais 100 quilómetros a rede de regadios.
“O objetivo é dotar o país de mais condições para uma economia competitiva, que, no contexto climático em que vivemos, é praticamente impossível sem disponibilidade de água”, referiu o ministro.
Capoulas Santos falava durante a assinatura do auto de consignação da empreitada da Rede de Rega do Bloco de Sabariz/Cabanelas, em Vila Verde, que tem um custo estimado de 8,1 milhões de euros, incluindo a recuperação de caminhos e a rede de drenagem.
Com captação direta no rio Cávado, aquele Bloco de Rega terá um comprimento de 20,8 quilómetros, equipará uma área com cerca de 345 hectares e beneficiará 433 explorações.
Para Capoulas Santos, os regadios são essenciais para melhorar as condições de competitividade da agricultura portuguesa os planos europeu e mundial.
“Nos últimos três anos, abrimos 53 mercados para países terceiros, isto é, extra União Europeia, para mais de 200 produtos portugueses, como hortícolas, frutícolas, carne, produtos transformados”, sublinhou.
Adiantou que neste momento estão “em negociação” mais cerca de meia centena de mercados, entre os quais a Índia e a China, para outras duas centenas de produtos portugueses, como fruta, láteos e carne de suíno.
“Isto para além de estarmos a bater recordes [de exportação] em vários setores. Nos hortofrutícolas, que é o exemplo mais paradigmático, ultrapassámos a barreira dos 1.500 milhões de euros de exportação e temos um enorme potencial para aproveitar pelo factor de termos condições únicas do ponto de vista climático que nos permitem termos legumes com sabores e colorações que são dificilmente batidos nos mercados internacionais”, acrescentou.