O grupo vai investir “1 milhão a 1,5 milhões de euros” para ser auto-suficiente na produção de electricidade. E, este ano, lançará a nova garrafa da Croft, 25 por cento mais leve.
A Fladgate Partnership — que detém as marcas de vinho do Porto Taylor’s, Fonseca e Croft e projectos na área do enoturismo como o hotel vínico de The Yeatman ou o empreendimento World of Wine (WOW) — vai investir “1 milhão a 1,5 milhões de euros” na colocação de painéis fotovoltaicos para produção de energia eléctrica nos telhados das suas instalações na Quinta dos Barões, em Gaia — onde ficam os escritórios e a linha de engarrafamento.
“O objectivo é que o grupo todo tenha todas as suas necessidades cobertas”, revela o presidente executivo do grupo. Em conversa com o Terroir no Douro, em vésperas do Dia Nacional da Sustentabilidade, que se assinala este domingo, Adrian Bridge explicou que actualmente a Fladgate tem “67 por cento de produção própria de electricidade” mas que esta se esgota na operação do vinho do Porto.
“Obviamente, a maior parte da electricidade que gastamos é no Yeatman e no WOW. Com a nova lei [Decreto-lei n.º 15/2022, de 14 de Janeiro], é possível cobrirmos todos os telhados na Quinta dos Barões para injectar na rede”. Para injectar e depois retirar, desde que a utilização seja feita a menos de 3 Km de distância do ponto de injecção na rede.
O grupo tem actualmente três centrais de painéis fotovoltaicos para autoconsumo: Quinta dos Barões (Gaia), Quinta da Roêda (onde nascem os Portos da Croft) e Quinta da Nogueira (onde a Fladgate tem uma moderna adega e onde já tem a envelhecer 60 por cento do seu stock de vinho do Porto).
Para além deste projecto para as instalações de Gaia — onde, por exemplo, a água dos duches nos balneários dos trabalhadores já é aquecida a energia solar —, a Fladgate prepara-se para montar uma operação no valor de 30 milhões de euros com o “objectivo de armazenar 45 MegaWhats” de energia eléctrica para injectar depois na rede. Chama-se Battery Energy Storage System (BESS) e é “uma nova tecnologia que recebe a energia e a injecta na rede em milésimos de segundos”, explica Adrian Bridge. […]