A Fenareg – Federação Nacional de Regantes de Portugal lançou o Observatório do Regadio, que vai reunir dados até aqui “dispersos por várias fontes”, para dar a conhecer este regime de produção agrícola.
“O Observatório do Regadio reúne, pela primeira vez, dados oficiais dispersos por várias fontes, nomeadamente INE [Instituto Nacional de Estatística], IFAP [Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas] e DGADR [Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural], disponibilizando-os num único espaço ‘online’, de fácil consulta e visualização”, anunciou, em comunicado.
O lançamento desta ferramenta de monitorização teve hoje lugar durante as XVI Jornadas do Regadio, em Lisboa, dedicadas ao tema “Regadio: um olhar para o futuro”.
O objetivo da plataforma é “conhecer e dar a conhecer o regadio”, através da partilha de informação atualizada com regantes, investigadores, decisores e com o restante público.
Este observatório foi desenvolvido em conjunto com o COTR -Centro de Competências para o Regadio Nacional, com o apoio técnico da Consulai.
“Esta plataforma vem desmistificar muitas ideias feitas sobre o setor e demonstra claramente a evolução tecnológica e o dinamismo do regadio em Portugal […]. É um projeto feito para crescer, evoluir e ser construído em conjunto com todos e por todos os intervenientes do setor”, afirmou, citado na mesma nota, o presidente da Fenareg, José Núncio.
Portugal está a perder mais de 500 milhões de euros por ano por não investir em regadio, defendeu o presidente da Fenareg, em declarações à Lusa, destacando a importância de execução da estratégia ‘Água que Une’.
Este valor baseia-se na produção agrícola padrão para cada tipo de cultura.
“A cultura de regadio produz 5,5 vezes mais do que a de sequeiro. A área que não for convertida em regadio produz em sequeiro. O que estamos a perder é a diferença entre o que produz um hectare de regadio face a um de sequeiro”, precisou.
Assim, a federação destacou a importância de executar a estratégia ‘Água que Une’, que contém perto de 300 medidas, que visam a gestão eficiente dos recursos hídricos.
A Fenareg lembrou que, no âmbito desta estratégia, foi realizado um levantamento das necessidades, estimando-se um total de 120.000 hectares de novas áreas com potencial de rega.
Esta estratégia prevê investimentos que ultrapassam os 5.000 milhões de euros até 2030 e um montante equivalente numa segunda fase.
A Fenareg, que está a celebrar 20 anos, junta 37 associados, que representam mais de 28.000 agricultores regantes.
Portugal perde mais de 500 ME/ano por não investir em regadio – Fenareg










































