Jorge Rita referiu, em declarações à agência Lusa, que André Bradford, eleito pela lista do PS por indicação dos socialistas dos Açores, vai ter que se empenhar nos dossiês que dizem respeito ao arquipélago como região ultraperiférica, como a agricultura, mas contará com o empenhamento da FAA como parceiro social no acesso às instituições europeias onde está direta e indiretamente representada.
O PS e PSD reservam lugares nas listas para o Parlamento Europeu a figuras dos Açores afetas às estruturas partidárias regionais, mas nestas eleições europeias os sociais democratas açorianos não aceitaram integrar o oitavo lugar na lista proposto pela direção nacional do partido, por considerarem não ser elegível o lugar para qual foi indicado Mota Amaral.
Jorge Rita frisou que mesmo com apenas um eurodeputado afeto aos Açores “há que fazer o máximo” pela região, sendo que os outros partidos que elegeram eurodeputados, mesmo sem a eleição de figuras regionais nas suas listas, “não se podem esquecer que a região também é Portugal”.
O dirigente agrícola espera que os eurodeputados eleitos “façam este trabalho” em defesa dos interesses específicos da região ultraperiférica açoriana, como “prometeram durante a campanha eleitoral”.
O presidente da FAA não escondeu a sua “grande desilusão” face ao valor da abstenção nos Açores, considerando que a mensagem dos políticos “não passa a importância” que a União Europeia tem na vida dos cidadãos da região e do país.
O PS foi o partido mais votado na Região Autónoma dos Açores nas eleições de domingo, com 40,83% dos votos, quando estavam apurados os resultados das 156 freguesias, segundo os dados oficiais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
O presidente do Governo dos Açores e líder regional do PS, Vasco Cordeiro, elogiou a “grande e saborosa vitória” do seu partido nas eleições europeias, mas manifestou preocupação com o aumento da abstenção.
O líder do PSD/Açores, Alexandre Gaudêncio, considerou na noite de domingo que o “grande vencedor” destas eleições Europeias no arquipélago foi “a abstenção”, que voltou a bater recordes, aumentando de 80,2% em 2014, para 81,2% em 2019.