De 22 a 31 de agosto, Lagoa volta a ser o principal palco do Algarve. Este é o ano da 44.ª edição da Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa (FATACIL), o maior evento de atividades económicas do Sul de Portugal, organizado pelo Município de Lagoa com a coorganização da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, I.P. (CCDR Algarve), no setor da Agricultura e Pescas.
Este ano, o espaço AMAR a TERRA ganha uma nova configuração, passando a concentrar num único local todas as valências que anteriormente se encontravam distribuídas pelo recinto. Esta reorganização reforça a presença da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, no quadro da CCDR Algarve na FATACIL, promovendo uma participação mais coesa, integrada e dinâmica.
O espaço AMAR a TERRA afirma-se como uma montra de excelência da agricultura, dos produtos endógenos e do comércio regional. Reunirá cerca de 25 expositores do setor agroalimentar, com uma oferta de sabores regionais que aliam qualidade e tradição à criatividade e inovação, contribuindo para a valorização e competitividade da marca Algarve.
Diariamente, pelas 19h00, o espaço da CCDR Algarve acolhe apresentações e demonstrações de produtos inovadores da região, com especial destaque para marcas que apostam na diferenciação e na sustentabilidade.
Os showcookings e as provas de vinhos são também momentos emblemáticos da programação, apresentando novas propostas sustentáveis para valorizar a gastronomia:
• 23 de agosto [18h30] – Apresentação e Provas de Espumantes Cooperativos Portugueses e Vinhos do Algarve, promovido pela CONFAGRI (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal);
• 22 e 30 de agosto [19h30] – Showcookings promovidos pela DOCAPESCA;
• 28 de agosto [19h00] – Prova de Vinhos de Andaluzia (Huelva), promovida pela VIMAR – Feira del Vino y el Mar; (convidado)
• 28 de agosto [19h30] – Apresentação e Mostra de Vinhos, pela Comissão Vitivinícola do Algarve.
Outro dos grandes atrativos da FATACIL é a Exposição de Animais, no espaço da Agropecuária. São mais de 70 animais de raças autóctones, como a Ovelha Churra de Raça Algarvia, a Cabra de Raça Algarvia ou a Vaca Algarvia. Neste âmbito, será realizado, no dia 23 de agosto, o 30.º Concurso Nacional da Ovelha Churra, com a chancela da ASCAL (Associação de Criadores de gado do Algarve).
À semelhança dos anos anteriores, a Associação de Apicultores do Sotavento Algarvio – Melgarbe promove, no dia 24 de agosto, o Concurso do Mel do Algarve. A apicultura tem uma grande relevância na região e um enorme potencial de crescimento, com mais de 91.000 colmeias registadas.
No dia 28 de agosto, às 16h30, o Convento de São José, em Lagoa, acolhe a conferência “AGRICULTURA – UM ATIVO ESTRATÉGICO PARA O ALGARVE”. A sessão inicia-se com a primeira apresentação pública dos resultados do Estudo do impacto económico da agricultura na região do Algarve., da responsabilidade da consultora EY, trazendo a público, pela primeira vez, uma análise detalhada e quantificada da relevância económica do setor agrícola no Algarve. Segue-se um painel conduzido pelo Professor Catedrático Carlos Marques – “Avaliação Económica, Uso Agrícola – Estudo de Caso Portugal (2024)”, ampliando a reflexão para o contexto nacional e os desafios do setor no atual quadro económico.
O debate alarga-se com uma mesa-redonda, que reúne os principais representantes do setor agrícola nacional: Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI), Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) e a Federação da Agricultura Algarvia (FEDAGRI).
A conferencia contará com a presença do senhor Secretário de Estado da Agricultura, João Moura.
Sendo a agricultura um ativo estratégico para o Algarve, a presença ativa e estruturante da CCDR Algarve na FATACIL traduz-se numa aposta clara no reforço do conhecimento, na valorização dos produtos e saberes locais, dos produtos endógenos regionais e promoção de um diálogo qualificado entre os diversos agentes económicos, técnicos e institucionais, contribuindo para um desenvolvimento mais coeso, sustentável e inovador do território.