No Programa do XIII Governo dos Açores, que foi hoje entregue na Assembleia Legislativa, o executivo aponta a “inclusão e capacitação das pessoas, a educação e formação à distância, a transformação e digitalização dos setores primários, comércio e serviços, e a digitalização de todos os serviços públicos e o setor público empresarial regional” como “pilares fundamentais e vetores estruturais” do plano.
“A opção por uma transição digital reduz os custos de contexto, torna a administração pública e os serviços mais rápidos e menos burocráticos, e reduz custos para os cidadãos e para as empresas”, concretiza o Programa do Governo do PSD, CDS-PP e PPM.
A área da Transição Digital é tutelada por Susete Amaro, numa secretaria regional que junta também as áreas da Cultura e da Ciência.
Através do #AzoresE-Government, o executivo “garantirá a digitalização de todos os serviços públicos utilizados por cidadãos e empresas nos Açores”.
“Neste âmbito, o recurso ao teletrabalho é uma opção de prestação laboral por parte dos trabalhadores em funções públicas da administração pública regional, num formato misto, parcial ou integral”, explica-se no documento.
No ensino, será aplicado o #AzoresSmartSchool para a “infoinclusão e total digitalização do sistema de ensino regional”.
A medida divide-se no “programa de digitalização do ensino, em todas as escolas”, que abrange “os mecanismos de apoio à aquisição de equipamentos […], definição de conteúdos programáticos e pedagógicos, e potenciação da inclusão de produção regional” no programa de formação para a inclusão digital, que pretende aumentar “os índices de literacia digital”.
Já a digitalização da saúde é garantida pelo #AzoresSmartHealth, que trará “uma alteração substancial da relação entre a doença, o doente e o serviço regional de saúde, na qualidade e rapidez da informação que o utente envia aos serviços de saúde e na qualidade e rapidez com que os serviços tratam e acompanham os utentes”, considera o executivo.
Com esta ferramenta, assume-se uma aposta na ‘telessaúde’, que permite prestar teleconsultas “com efetiva implementação e utilização corrente de meios técnicos de diagnóstico remoto, sistemas informáticos, comunicações, ‘softwares’, e soluções aplicacionais dedicadas e que incorporem já ferramentas avançadas de análise e processamento de dados recorrendo à biometria e inteligência artificial de forma permanente”, lê-se no documento.
O alargamento deste princípio a várias áreas da saúde permitirá “a diminuição dos tempos de espera e melhoria da prestação dos cuidados de saúde”, promete o Governo Regional.
Nem a agricultura fica de fora deste processo, já que o #AzoresSmartAgriculture “consiste na inserção de tecnologias digitais em todas as fases da cadeia de valor, tendo em vista a promoção de vantagens competitivas e benefícios socioambientais”.
A ideia é contribuir “para uma agricultura moderna que utilize em seu favor os dados gerados pela biotecnologia, monitorização das alterações climáticas, geotecnologias, ciências agrárias e a nanotecnologia”.
“O Governo assegurará a generalização do acesso, da capacitação e do empreendedorismo digital” através do #AzoresE-Social, que com um “cartão social” apoia as pessoas na aquisição de pacotes de equipamentos ou serviços de internet, estando também previsto o apoio à transformação digital de pequenas e médias empresas (PME).
No #AzoresE-Social cabe também um programa que tem como ponto central a Universidade dos Açores, mas envolve várias outras entidades, para gerar “um ecossistema natural e com uma estratégia de longa duração em termos de desenvolvimento sustentado e sustentável de base tecnológica digital”.
Será ainda desenvolvido o #AzoresSmartSpot, que “fará dos Açores um arquipélago criativo e inteligente”, com a incorporação de tecnologias que conseguirão otimizar os recursos disponíveis, partilhando informação e recorrendo a processos de decisão e gestão inteligente.
O Programa do Governo será discutido e votado na próxima semana.