As duas espécies são inter-dependentes. Investigador defende apoios em função do risco de predação, que no caso deste cavalo selvagem é muito elevado.
Da mesma forma que associa os bigodes pronunciados do garrano à sua dieta que inclui plantas que picam, como o tojo, o investigador galego Filipe Bárcena considera que as populações de lobo ibérico do noroeste peninsular que se cruzam com estes cavalos selvagens podem dever ao facto de deles se alimentarem o crânio mais largo, e mandíbulas adaptadas a estas presas de grandes dimensões. Uma coisa é certa, 80% da dieta dos lobos da região é carne destes equídeos, e os cientistas já perceberam que há um grande sincronismo nas épocas reprodutivas das duas espécies.
Se isto é bom para os lobos, que onde há garranos e vacas até preferem os primeiros, já para os garranos e respectivos criadores, esta relação é um problema. Combatido há séculos, tolerado, embora nem sempre, em tempos mais recentes, dada a necessidade de preservar também as alcateias, o lobo continua a ser visto como a personagem má desta história. A questão, explica o investigador português Francisco Álvares,