Por acção conjunta da sacarose e das leveduras, ocorre uma nova fermentação do vinho base, libertando-se gás carbónico que vai ficar retido na garrafa. As borbulhas são geradas pelo próprio vinho!
São como pequenas pérolas que brilham nos copos de espumante, são as borbulhas que lhe definem a qualidade e elegância, e, por isso, os franceses designaram por perlage o processo da sua formação.
E como, quando se fala de vinhos espumantes, as atenções se concentram sempre em champanhe, o melhor é assumir desde já uma série de termos gauleses para as várias etapas do processo de espumantização de vinhos que foram adoptadas em todo o mundo.
Portanto, se não está familiarizado com a língua, é bom que treine a pronúncia de termos como “mousselet”, “remouage”, “perlage” ou “dégorgement”, que são fundamentais no processo de elaboração clássica dos espumantes.
E quanto mais “française” for a sua pronúncia, mais convicto será o ar de conhecimento que pode transmitir.
Convém começar por esclarecer que o espumante é em regra feito a partir de um vinho-base e que nenhum vinho deverá ter à partida gás ou espuma. Quando isso acontece, é sinal de que algo não correu bem. O espumante é um estilo que se dá ao vinho, sendo mesmo aquele que maior técnica e exigência implica no seu processo de elaboração.
São vários os processos para a espumantização de vinhos, uns mais básicos e rústicos, outros mais exigentes e sofisticados, sendo o mais reconhecido aquele que foi consagrado na região francesa de Champagne.
É, por isso, designado como “método clássico” ou “champenoise”. E são esses os termos que registam os rótulos das garrafas, sendo a ausência de tais referências sinal de que foi outro o método usado para a obtenção das bolhas.
A par do método clássico, em que todo o processo decorre dentro da garrafa que […]