Coloque-se em dois copos um pouco de vinho da mesma garrafa e depois de os cheirar e saborear depressa se concluirá que parecem vinhos diferentes.
Não é mania nem capricho, mas cada vinho tem mesmo as suas particularidades e a temperatura de consumo é fundamental para que possa tirar o melhor partido e desfrutar das melhores qualidades do mesmo. Não que se trata de um produto demasiado delicado ou susceptível, mas convém que se tomem alguns cuidados na hora de o saborear, sob pena de estarmos a desbaratar o investimento feito na compra da garrafa.
É, digamos, um produto com personalidade vincada, e são precisamente essas características distintivas que valorizamos na hora de o escolher, pelo que não faz sentido que depois as menosprezemos na hora de o beber.
Quem não ouviu já histórias mais ou menos caricatas de avultadas compras de garrafas de tintos de grande prestígio que são depois degustados com gelo e Coca-Cola? Ora, nesse e noutros casos está a mascarar-se, a adulterar-se ou a ocultar as características que precisamente diferenciam esses vinhos. E, sem aquilo que os distingue, que os faz melhores, parece claro que a sua escolha deixa de ter nexo. Pelo menos enquanto vinho de qualidade… já que pode haver sempre outros propósitos!
Voltando às qualidades e características de um vinho, não restam dúvidas de que uma temperatura desadequada pode deitar quase tudo a perder. E, para os mais cépticos ou renitentes, basta uma experiência simples.
É pegar em dois copos adequados — e este […]