Com um alto teor de proteína, fibra e minerais, podem ser uma alternativa à proteína animal.
A venda de produtos feitos com insetos superou a expetativa dos empresários. São uma fonte de proteína sustentável que pretende tornar-se uma alternativa à proteína de origem animal. Estão disponíveis em barras, chocolates e até hambúrguer.
É preciso ver ao perto para descobrir o ingrediente inovador nesta montra de 16 produtos da Portugal Bugs. Todos têm insetos na composição. A maioria é feita com tenebrio e para os mais arrojados há snacks de grilo.
Em meio ano, venderam 130 mil barritas e mais de 4 mil snacks de inseto vão agora lançar no mercado um hambúrguer.
A matéria prima vem dos Países Baixos porque em Portugal ainda não há empresas autorizadas a produzir insetos para consumo humano. Mas essa realidade vai mudar.
Desde que foi criada há ano e meio, a Tecmafoods vende insetos vivos para zoos, centros de recuperação de animais e clientes privados.
A produção faz-se dentro de antigos contentores marítimos de transporte de fruta, onde se ajusta a temperatura e humidade a cada etapa do crescimento.
A base da alimentação são desperdícios da indústria que, em alguns casos, iam para aterro.
A Tecmafoods faz produção animal e transformação de tenebrio. Tem capacidade para produzir uma tonelada e meia de larvas por mês. A farinha será o primeiro produto para consumo humano.
Em junho de 2021, a Direção-Geral de Alimentação e Agricultura autorizou a produção, comercialização e utilização na alimentação de sete espécies de insetos. Podem ser incorporados em alimentos.
A Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura sugere aos países que apostem nos insetos como alimento alternativo.