De 1 a 3 de Outubro, realizou-se o Fórum Internacional sobre os Direitos dos Camponeses – «A UNDROP: Instrumento para a Defesa dos Camponeses num Mundo Globalizado» em Valência. O evento foi realizado com a colaboração da CEVC (ECVC) – Coordenação Europeia da Vía Campesina, Mundubat, CCPV COAG – A Coordenadora Camponesa da Comunidade Valenciana e do projecto REBOOT FOOD. A CNA foi representada por dois membros do Conselho Nacional, Berta Santos e Alfredo Campos.
No primeiro dia, Alfredo Campos participou na sessão “A Declaração UNDROP e os desafios locais e globais para a sua implementação: boas práticas e lições aprendidas a partir dos territórios e das organizações de base” com a sua contribuição: “O Estatuto da Agricultura Familiar em Portugal: balanço e perspetivas futuras”. A sessão teve lugar na Universidade de Valência e foi seguida de um debate. Foram ouvidos sindicatos agrícolas e organizações camponesas de diferentes regiões e países, como a CCPV COAG, SAT-SOC, Nacofag, a CNA e a UAWC, cujos representantes destacaram a violação dos direitos dos camponeses no mundo e a importância das organizações camponesas na exigência aos governos da legislação necessária para cumprir a UNDROP – Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Camponeses e Outras Pessoas que Trabalham nas Zonas Rurais.
As apresentações da manhã foram concluídas com a intervenção de Abdul-Nassir Farraj, da organização palestiniana UAWC: «Desde a Nakba, a ocupação constitui uma violação flagrante dos direitos dos camponeses e das comunidades rurais na Palestina. Há 17 anos, o bloqueio de Gaza tem sido uma ampliação dessa violação de direitos. Agora, a destruição causada pelo genocídio em Gaza afetou de forma decisiva a soberania alimentar da sua população.»
No segundo dia, os representantes participaram em mesas temáticas, também em salas de aula da Universidade de Valência. Berta Santos, interviu na segunda mesa cuja temática foi “Direitos das Mulheres Camponesas” enquanto Alfredo Campos participou na terceira mesa cujo tema foi: “Rendimentos justos para os agricultores e regulação dos mercados, com uma perspetiva de condicionalidade social”.
O artigo foi publicado originalmente em CNA.