Quase falida há uma década, a Monte do Pasto foi comprada em 2019 pela CESL Asia ao Novobanco e assume-se como a maior criadora portuguesa de bovinos. Fatura 31 milhões e exporta 95% da produção.
Instalada na região do Baixo Alentejo, a Monte do Pasto soma trinta mil cabeças de gado distribuídas por 11 herdades nos concelhos de Cuba e Alvito, 85 parques de recria de novilhos e ainda quatro parques de ovinos, numa área total de 4.200 hectares. Com 40 anos no mercado e perto de 65 trabalhadores, reclama o estatuto de maior criador português de bovino, com um volume de negócios anual na ordem dos 31 milhões de euros.
A empresa foi fundada em 1981, mas atravessou algumas dificuldades ao longo do percurso. Foi, inclusive, “completamente reestruturada” em 2014, ano em que Clara Moura Guedes, licenciada em Gestão, assumiu a liderança da empresa. Um ano depois iniciava um novo ciclo de expansão e crescimento, ao aumentar os parques de recria, o investimento tecnológico e a aposta na exportação.
Em entrevista ao ECO, a presidente executiva recorda que no ano em que iniciou funções, apesar de os acionistas, compostos por um conjunto de fundos, acreditarem no potencial da empresa, a Sapju, como se chamava na altura, estava “praticamente parada e numa situação financeira muitíssimo complicada”. Em 2019, através das subsidiárias Focus Platform e Focus Agriculture, o grupo CESLAsia, com sede em Macau, adquiriu a empresa ao Novo Banco, um dos principais credores, num negócio avaliado em 37,5 milhões de euros.
Com a missão de dar a volta ao negócio deficitário, Clara Moura Guedes conseguiu voltar a colocar a Monte do Pasto no mapa agropecuário, até chegar ao ponto de “liderar a criação de bovinos a nível […]