O Conselho de Estado da China (executivo) anunciou hoje que o país alcançou uma taxa de autossuficiência superior a 95% no fornecimento de cereais.
A posse de sementes de cereais ‘per capita’ no país asiático é de 483 quilos, um número “superior ao patamar considerado seguro a nível internacional, de 400 quilos”, informou em conferência de imprensa Cong Liang, o vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão máximo de planeamento económico do país, citado pelo jornal local The Paper.
Cong Liang garantiu que todas as instituições do país envolvidas “têm implementado conscientemente políticas e iniciativas para garantir a segurança alimentar nacional”, uma meta apontada como “prioridade absoluta” durante o 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), realizado em outubro passado.
O representante prometeu trabalhar para que “as tigelas de arroz do povo chinês permaneçam firmes nas nossas mãos”, através da “proteção das terras aráveis” e de uma “melhoria efetiva da capacidade de recolha, armazenamento e controlo dos cereais”.
O Presidente chinês, Xi Jinping, garantiu em janeiro passado que, apesar de 1,4 mil milhões de chineses “comerem hoje bem”, o país “não deve relaxar na questão alimentar”.
O abastecimento de alimentos não pode ser considerado “um assunto insignificante”, disse o líder chinês, alertando que o país asiático não pode “contar apenas com o mercado internacional” para garantir a segurança alimentar.
Segundo Xi Jinping, a China tem que aderir aos princípios de “autossuficiência baseada na produção doméstica” e “moderar as importações de cereais”.
O país asiático alimenta quase 19% da população mundial com apenas 8% das terras aráveis do mundo e apenas 5% da água disponível no planeta.
Na quarta-feira foi divulgado que o Presidente russo, Vladimir Putin, encarregou o Governo de assinar um acordo com a China para a criação de um corredor de cereais que aumentaria as exportações para o país asiático.
O objetivo do acordo, que deve ficar pronto até 01 de outubro, é aumentar a produção de cereais na Sibéria e, principalmente, no Extremo Oriente, cujas regiões fazem fronteira com a China.
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