Há quem a conheça por cherovia ou cheruvia e quem a chame pastinaca ou pastinaga. Esta raiz, de aspeto semelhante a uma cenoura, é um ex-libris da região da Covilhã, onde é celebrada anualmente num festival gastronómico. Daniel Almeida é produtor e explica as características deste produto. “Da Terra à Mesa” é um projeto Boa Cama Boa Mesa que dá a conhecer os produtos portugueses a partir de histórias inspiradoras e de sucesso, desde a produção até ao consumidor, em casa ou no restaurante
Com “a forma de uma cenoura e a cor de um nabo”, como descreve a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), a cherovia é uma raiz de sabor único, que antigamente ocupava o lugar da batata, cultura bastante mais produtiva. “Não se assemelha a nenhum outro vegetal que se encontre no mercado, tem um paladar anisado”, adianta Daniel Almeida, 36 anos, produtor de cherovia em Ferro, uma freguesia do município da Covilhã.
Segundo informações da DGADR, a sua “vasta produção” só é possível em “terras da Covilhã”, uma vez que esta raíz “não cresce em climas quentes” e “necessita da geada para desenvolver o seu sabor”, o que faz dela um emblema da gastronomia local. E Daniel desenvolve: “a cherovia precisa de bastante calor, mas também precisa de noites frias para ganhar o seu sabor característico”, além de solos arenosos.
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