A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu esta segunda-feira (7 de janeiro) que a execução do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020 está aquém das expetativas e anunciou que está a fazer um levantamento das dificuldades dos agricultores nacionais para entregar um documento ao ministro da Agricultura.
“São muitos milhões de euros que estão por pagar ou por executar e por isso interessa ajudar os agricultores a melhorar a performance dos seus investimentos e ajudar o Ministério da Agricultura a perceber quais são os problemas que as pessoas estão a sentir no terreno”, disse Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, citado pela Lusa.
Oliveira e Sousa diz que se estes problemas não forem minimizados, Portugal pode “chegar ao final do período [do atual quadro comunitário] com devolução de dinheiro para Bruxelas, o que não pode acontecer. Em todos os quadros comunitários há dificuldades, mas neste quadro tem-se sentido um agravamento”. Assim, o presidente da CAP diz irá pedir ao ministro da Agricultura uma “reavaliação da forma como o PDR tem estado a ser conduzido”.
A CAP diz também que quer perceber se a desistência dos agricultores é motivada pelas “muitas mudanças a meio do percurso” ou pela falta de crédito bancário para assegurar a parte do investimento que não é financiada por fundos comunitários. “Nos casos em que a desistência é por causa de atrasos do ministério, pedimos ao senhor ministro o favor de reparar as causas que estão na origem desses atrasos”, pediu Eduardo Oliveira e Sousa.