[Fonte: CAP]
Montados, sobreirais e azinhais
2ª Sessão do ciclo de conferências, 17 de Abril, 10h 00m – 16h 30m
Cine-Granadeiro Auditório Municipal, Av. António Inácio da Cruz 8, Grândola
Programa:
10h 00m – Abertura pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Grândola
10h 15m – 1ª parte
Conceição Santos Silva, UNAC – União da Floresta Mediterrânica
Luís Neves Silva, Programa da WWF em Portugal
11h 00m – Intervalo para chegada e acolhimento de S. Exª, o Presidente da República
11h 15m – 2ª parte
Joana Amaral Paulo, Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia
António Gonçalves Ferreira, CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal
12h 00m – Deslocação a local da serra de Grândola para observação e discussão in situ do caso particular da serra de Grândola nalguns dos temas das conferências
Luís Dias, Associação de Agricultores de Grândola
13h 00m – Intervalo para almoço
14h 45m – 3ª parte
André Vizinho, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências
Rui Almeida, ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
Rui Alves, Companhia das Lezírias
16h 30m – Encerramento
Condução e moderação:
António Rocha e Luís Dias, Associação de Agricultores de Grândola
Eduardo Oliveira e Sousa, CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal
O Município de Grândola, a Associação dos Agricultores de Grândola e o PEFC Portugal (Programa para o Reconhecimento da Certificação Florestal) associam-se no apoio ao evento, que conta com a presença de S. Ex.ª, o Presidente da República.
Durante algumas décadas, e até há não muitos anos, o contrato social proposto aos proprietários florestais era simples e vantajoso para eles.
A memória não muito longínqua de um país desarborizado, sujeito a todas as consequências ambientais, económicas e paisagísticas dessa condição, e a convicção colectiva dos benefícios múltiplos de uma cobertura florestal significativa, justificaram, primeiro, apoios públicos generosos à florestação e, posteriormente, também à melhoria das condições em que se exercia a silvicultura.
No entanto, o advento de incêndios florestais progressivamente mais extensos, violentos e de consequências mais graves alteraram a percepção social relativamente aos méritos de quem cria e gere a floresta. Hoje, o proprietário florestal, antes de ser credor de reconhecimento e apoio na sua actividade, é destinatário de recriminações e exigências, infelizmente escassamente fundamentadas numa correcta percepção do problema com que o país se confronta e do contexto em que as actividades florestais se desenvolvem.
O alarme social provocado pelo agravamento dos incêndios e a incapacidade dos poderes públicos de o contrariarem têm motivado a urgência de uma actuação política que responda às percepções colectivas. Assim, o proprietário florestal vê-se hoje confrontado com imposições e limitações à sua liberdade de actuação que muitas vezes são tecnicamente injustificáveis, financeiramente incomportáveis ou, tão somente, injustas.
Nesta segunda sessão do ciclo de conferências “Gestão florestal, território e riscos naturais” que a Confederação dos Agricultores de Portugal leva a cabo, procurar-se-á contribuir para uma melhor compreensão pública da relevância dos sistemas de produção florestais mediterrânicos e dos desafios que se colocam na sua gestão, num contexto de rápida mudança do clima, drásticas alterações do uso do território rural, da sua população e das condições sociais e económicas em que a gestão da floresta ocorre.