Foi publicado pela Organização internacional do Trabalho (OIT), o documento intitulado “Heat at Work: Implications for Safety and Health. A Global Review of the Science, Policy and Practice”. É uma análise abrangente sobre os impactos das elevadas temperaturas no local de trabalho, com foco nas suas implicações para a segurança e saúde ocupacional.
O relatório destaca o rápido aumento das temperaturas globais, sendo 2023 o ano mais quente já registado e julho de 2023 o mês mais quente da história. Estas tendências persistem em 2024, com temperaturas elevadas e ondas de calor frequentes que afetaram trabalhadores em todas as regiões do mundo, em particular no setor agrícola e florestal.
Regiões como África, Médio Oriente e Ásia apresentam exposições ao calor acima da média global, com África a liderar com 92,9% da força de trabalho exposta. A Europa e a Ásia Central registaram o maior aumento na exposição ao calor, com um aumento de 17,3% entre 2000 e 2020.
O calor excessivo é um perigo invisível que pode causar exaustão, insolação e até morte. A longo prazo, leva a doenças crónicas que afetam os sistemas cardiovascular, respiratório e renal, além de problemas de saúde mental.
Dentro das medidas de prevenção, destacam-se a necessidade de avaliações de risco participativas de modo a envolver os trabalhadores na identificação de perigos específicos e na formulação de respostas eficazes, hidratação adequada e pausas regulares em áreas frescas e ventiladas, adaptação do horário de trabalho para evitar horas de maior calor e o uso de equipamentos de proteção individual que minimizem a exposição ao calor.
Fonte: CAP