O mês de agosto de 2025 foi o 3.º mais quente a nível Global e o 5º mais quente em Portugal Continental desde 1931.Conheça as conclusões do Boletim Climatológico, na versão completa.
Globo
O mês foi 0.49 °C mais quente do que a média no período de 1991-2020, com uma temperatura média do ar à superfície de 16.60 °C (ver Figura 1), sendo o 3º agosto mais quente de que há registos. Foi o quinto mês nos últimos 26 meses em que a temperatura média global foi inferior a 1.5°C em relação aos níveis pré-industriais, tendo atingindo uma anomalia de +1.29ºC.
Europa
A temperatura média do ar na Europa em agosto foi de 19.46 ºC, +0.30°C acima da média no período de 1991-2020.
Em agosto de 2025, a Europa Ocidental apresentou temperaturas do ar predominantemente acima da média. A Península Ibérica e o sudoeste de França apresentaram as anomalias mais significativas, em grande parte devido a uma onda de calor prolongada durante o mês. Em contraste, as temperaturas do ar em grande parte do Norte da Europa, incluindo a Fennoscandia, os Países Bálticos e a Polónia, ficaram predominantemente abaixo dos valores climatológicos de 1991-2020.
Em relação à precipitação grande parte da Europa Ocidental, Central e Meridional apresentou valores de precipitação abaixo da média. Também o extremo sul da Suécia, o noroeste da Rússia e parte da Finlândia tiveram mais secos do que a média. As condições de seca, juntamente com as ondas de calor no sudoeste da Europa facilitaram também a propagação e a intensificação de incêndios florestais na Península Ibérica e na Grécia. Por outro lado, regiões do nordeste de Espanha, sul de França, Suíça e Alemanha, a maior parte da Itália, a costa norte do Adriático, grande parte da Escandinávia e uma grande região que vai dos Estados Bálticos em direção ao leste da Rússia registaram precipitação acima da média.
Portugal Continental
O mês de agosto de 2025 classificou-se como muito quente em relação à temperatura média do ar e muito seco em relação à precipitação.
Temperatura do ar:
- Foi o 5º agosto mais quente desde 1931, com uma média de temperatura média do ar, 24.40 °C, +1.49 °C acima do valor normal (1991-2020);
- O valor médio de temperatura máxima e mínima do ar também foram superiores à normal, +1.93 °C e +1.04 °C respetivamente;
- Durante o mês e até ao dia 17, os valores diários da temperatura do ar estiveram consecutivamente acima do valor médio mensal, com desvios mais significativos nos valores da temperatura média e máxima; no restante período os valores da temperatura foram muito próximos ou inferiores ao normal, em especial a partir do dia 27 de agosto;
- A onda de calor ocorrida entre 29 de julho e 17 de agosto foi a mais longa já registada nas regiões do interior Norte e Centro para o período julho/agosto (ver Figura 2);
o Maior duração: Guarda, 16 dias; Bragança, Miranda do Douro, Carrazeda de Ansiães, Vila Real, Pinhão e Viseu, 15 dias;
o Foi a onda com maior magnitude nas regiões do interior Norte e Centro para o período julho/agosto.
Precipitação:
- Foi o 7º agosto mais seco desde 2000, com um total de precipitação (3.0 mm) inferior à normal 1991-2020, cerca de 20 % do valor médio;
- Seca meteorológica: aumento significativo da área em seca meteorológica que se estendeu a quase todo o território continental, e com agravamento da intensidade na região Noroeste, interior Centro-Sul e Baixo Alentejo.
Imagens associadas
Figura 1: Anomalia da temperatura do ar à superfície em agosto de 2025 em relação à normal climatológica 1991–2020, no globo e no continente europeu. Fonte: Copernicus Climate Change Service/ECMWF
Figura 2: Número de dias em onda de calor por concelho (média) no período de 29 de julho e 17 de agosto de 2025 – dados calculados com o período de referência 1991-2020.
O artigo foi publicado originalmente em IPMA.
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