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– 09-06-2004 |
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Beja : Governo ultima portaria para reduzir nitratos agr�colas em zona vulner�velBeja, 08 Jun Em declarações � agência Lusa, o director regional de Agricultura do Alentejo, Lu�s Abreu, explicou hoje que a portaria, que dever� ser assinada "dentro de dias" pelo ministro da Agricultura, Sevinate Pinto, faz parte da transposi��o para o direito interno da directiva comunitária sobre Nitratos. "Existem zonas com excesso de nitratos agr�colas no solo e, ao abrigo da directiva, � uma obrigatoriedade do Estado portugu�s impor restrições � aplica��o de fertilizantes com azoto, para impedir a contamina��o dos aqu�feros subterr�neos", disse. A Zona Vulner�vel de Beja, que vai ser criada pela portaria, � mais conhecida como Gabros de Beja e integra, não s� parte daquele concelho, mas Também dos de Serpa e Ferreira do Alentejo, numa extensão de 328,6 quil�metros quadrados. Nesta área, segundo dados do Direc��o Regional de Agricultura do Alentejo, predominam os sistemas culturais de sequeiro (arvenses e olival), tendo o regadio permitido a instala��o de pomares e algumas culturas arvenses e horto- industriais. O director regional de Agricultura real�ou � Lusa que a presença de elevadas concentra��es de nitratos na zona dos Gabros de Beja, devido � "permeabilidade do solo", não � nova e tem vindo a ser estudada "ao longo dos anos". "Os cerca de 200 agricultores com explora��es nessa área sabem o que se passa. Nos �ltimos anos, foram feitas muitas análises, tendo-se confirmado permanentemente um valor absurdo de nitratos no solo", argumentou. Os Gabros de Beja v�o, agora, ser alvo de medidas que visam restringir o uso de azoto para verificar, daqui a alguns anos, se o excesso de concentra��o de nitratos, pass�vel de contaminar as �guas, foi reduzido ou não. "Torna-se necess�rio recuperar os solos, não s� para impedir que os nitratos poluam a �gua ou reduzir essa polui��o mas Também para que se possa continuar a praticar agricultura nessa área", disse. Os agricultores, de acordo com as medidas a implementar, acrescentou, v�o ter "limites nas doses de azoto que aplicarem nas searas, através dos fertilizantes". "não se trata s� de usar menos adubos mas, sobretudo, de aplic�-los mais vezes ao ano. Ao inv�s de serem deitados � terra uma ou duas vezes por ano, os agricultores devem repartir essas doses por quatro ou cinco vezes", explicou. Uma medida que, segundo Lu�s Abreu, "poder� nem sequer implicar perda de produtividade", j� que a planta acaba por absorver mais produto: "O agricultor pode usar o fertilizante e, se no dia a seguir chove, a �gua arrasta quase tudo. Ao dividir a aplica��o por mais vezes, não corre um risco t�o grande". Contudo, para prevenir poss�veis perdas de rendimento por produ��es mais fracas, sublinhou Lu�s Abreu, os agricultores t�m � sua disposi��o "ajudas agro-ambientais �s quais se podem candidatar". além dos Gabros de Beja, o Alentejo tem mais Zonas Vulner�veis, nomeadamente em Campo Maior e Borba, adiantou Lu�s Abreu, acrescentando Também que, em termos nacionais, "existem mais casos do g�nero". "Portugal tem de tomar estas medidas, sob pena de poder perder os apoios no ambito do Ruris", afirmou o director regional de Agricultura, garantindo que, dependendo da forma como os solos se comportem, a Zona Vulner�vel de Beja, dentro de "alguns anos" poder� estar recuperada e não necessitar de restrições. A Lusa procurou contactar a Associa��o de Agricultores do Baixo Alentejo (AABA), para obter esclarecimentos sobre os poss�veis preju�zos que estas medidas v�o implicar, mas, até ao momento, não foi poss�vel falar com o respons�vel associativo, Barbosa Alves.
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