Arranque formal da Barragem do Pisão garantido com assinatura de três documentos
Foram assinados esta sexta-feira, dia 9 de maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho do Município do Crato, três documentos estruturantes para a concretização do Empreendimento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato – Barragem do Pisão. Este momento marca um passo decisivo num projeto liderado pela CIMAA, em articulação com os municípios do Alto Alentejo e o Governo de Portugal.
“Esta é uma história escrita a ferro e fogo. Tem sido um processo moroso, excessivamente burocrático, por vezes com algumas incompreensíveis barreiras. Mas nada realmente importante e neste caso transformador se consegue sem dor, muito trabalho, dedicação, luta e coragem”, começou por destacar Hugo Hilário, Presidente do Conselho Intermunicipal da CIMAA, que acrescentou a importância dos dois últimos governos na concretização desta obra. Para Hugo Hilário é, no entanto, crucial que “se defina o modelo de gestão desta infraestrutura e que a liderança, a administração e a gestão do Pisão continue a ser orientada pela região e pelos seus municípios.”
Joaquim Diogo, Presidente da Câmara Municipal do Crato, destacou o papel da CIMAA e a resiliência da população do Pisão: “Este é um triunfo da cooperação, da visão estratégica e da competência política. Depois de muitos anos de lutas, destaco as mulheres e homens que vivem numa aldeia que se chama Pisão, que são um exemplo, que acreditam que seremos capazes de concretizar este projeto tão importante de desenvolvimento regional.”
Nesta cerimónia, que incluiu a assinatura do “Novo Contrato de Financiamento”, do “Contrato de Concessão para a Construção das Infraestruturas Primárias” e “Auto de Consignação da Obra”, estiveram presentes vários membros do Governo: Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e dos Secretários de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis.
Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia, ressalvou o “cuidado do processo de análise ambiental, com mais de 180 contributos após consulta pública da Agência Portuguesa do Ambiente, e que assegura a viabilidade deste projeto”. A governante acrescentou que “a gestão de recursos hídricos é uma prioridade para o país e para a Europa e que, por isso, devemos celebrar este marco histórico para Alto Alentejo”.
Por último, Manuel Castro Almeida, Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, sublinhou que estas assinaturas “permitem o efetivo início dos trabalhos. Acabou o tempo dos papéis e das burocracias. Num projeto onde o financiamento está garantido, mas onde não estaríamos sem os fundos europeus.” O governante destacou ainda o trabalho de união conseguido em torno desta obra. “Até nisso esta região foi única. A união dos autarcas, que desde o início sempre estiveram em unanimidade, com uma coesão de salientar.”
O financiamento da Barragem do Pisão está, agora, a cargo do Orçamento de Estado, com um montante total de 222,2 milhões de euros (mais IVA) e um prazo de execução até 2027, por decisão do Governo em março 2025. A sua concretização permitirá garantir de forma sustentada o abastecimento público de água, o estabelecimento de novas áreas de regadio e a produção de energia a partir de fontes renováveis, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento económico da região e consequentemente com um profundo impacto positivo na qualidade de vida da população.
Fonte: CIMAA