A água da barragem do Funcho, em Silves, que tem sido usada nos últimos anos para fins agrícolas, começou este mês a ser utilizada exclusivamente para abastecimento público no Algarve. A medida excecional foi tomada pelo Ministério do Ambiente como forma de garantir que este ano não vai faltar água nas torneiras, numa altura em que a região continua a atravessar um período de seca extrema.
A barragem de Odelouca tem garantido, nos últimos anos, o abastecimento público na região. Atualmente está com aproximadamente 34% de água e deixou de ser utilizada. “A chuva que caiu durante a tempestade ‘Elsa’ não foi suficiente” para satisfazer as necessidades, admitiu ao CM Teresa Fernandes, porta-voz da Águas do Algarve, a empresa que faz a gestão da água para consumo humano nos 16 municípios do Algarve. Segundo Teresa Fernandes, a região necessita de cerca de “70 milhões de metros cúbicos de água em 2020” para abastecer meio milhão de habitantes. É neste contexto que ganha importância a barragem do Funcho, uma vez que vai assegurar mais de metade da quantidade necessária: 37 milhões de metros cúbicos de água. “Sem a barragem do Funcho não haveria água para abastecer o Algarve”, admitiu a mesma representante da Águas do Algarve.
As barragens do Beliche e de Odeleite, em Castro Marim, apesar de terem pouca água armazenada, entre 24% e 27%, respetivamente (menos de metade face a 2019), vão também ajudar a abastecer a região. As captações subterrâneas da região são ainda um reforço para combater a seca extrema.
Discussão sobre este post