Último dia do ano, últimos trabalhos, última foto dentro do trator para desejar bom ano e mandar um abraço a todos os que virem esta mensagem, a todos os que me fizeram companhia neste ano que passou.
Em 2025, li mais e escrevi e publiquei menos, por vários motivos, sobretudo porque, como é normal na agricultura, os dias e as tarefas se sucedem iguais, dia após dia, ano após ano e nem sempre há coisas novas para dizer. A primavera foi chuvosa, o verão foi seco e assim continuámos até meio do Outono. Tive medo que depois do verão seco que me obrigou a regar como nunca começasse a chover na hora da colheita mas foi a época de colheitas mais tranquila dos últimos anos. Depois a segunda metade do Outono pareceu um inverno à moda antiga. Curiosamente o sol voltou desde que o inverno oficialmente começou.
Para mim e para a minha agricultura não foi um ano espetacular nem foi um ano complicado, foi um ano bom, razoável, “mais ou menos”.
2026 começará com algumas nuvens negras, mais concretamente sobre o preço do leite, a nossa principal produção aqui na “bacia leiteira” do Entre Douro e Minho. Teremos que ser prudentes e resistentes, tanto em relação aos problemas como às soluções milagrosas com que algum tocador de flauta nos queira encantar.
O mais importante é ter saúde, para que daqui a um ano possamos olhar para trás, avaliar o que fizemos e descobrir que não vale a pena sofrer por antecipação, porque “nunca chove como venta”. Já passámos por muito e somos os herdeiros e continuadores de quem passou muito mais.
A agricultura vai continuar, “a vida encontra sempre um caminho” e eu aqui voltarei sempre que tiver uma imagem, um assunto, uma história e tempo para publicar. A todos, em especial aos que se sintam mais sós, doentes ou angustiados, um abraço e votos de bom ano novo. Quando estamos em baixo, a única saída é para cima!













































