Uma matilha de cães já terá matado mais de uma dezena de ovelhas, em Gavinhos, no concelho de Penacova, segundo habitantes da aldeia.
O município salienta que tem tomado as diligências necessárias.
Carlos Sousa, que tem uma pequena exploração com 11 animais em Gavinhos, no concelho de Penacova, ainda não registou qualquer ataque, mas salienta que desde setembro que se ouvem relatos de ataques da matilha de cães vadios, que já terá, segundo as suas contas, matado “mais de uma dezena de animais” e afetado seis explorações.
O último ataque foi na noite de domingo para segunda-feira.
A primeira queixa feita junto das autoridades aconteceu em janeiro, tendo voltado a alertar-se para a situação no final de fevereiro, na Assembleia Municipal de Penacova, contou à agência Lusa Carlos Sousa.
“A situação permanece, porque o município não tem uma solução. O canil municipal era para ser construído há anos e não é construído”, criticou.
Armindo Fernandes, que mora em Aveiro, mas que tem propriedades na zona, perdeu duas ovelhas em 10 de janeiro.
Também o ex-deputado do PSD Maurício Marques disse à Lusa que perdeu um casal ovino no último fim de semana.
Face às denúncias, a Câmara de Penacova emitiu hoje um comunicado a esclarecer que, desde janeiro, em articulação com a GNR, “tem tomado prontas diligências que se enquadram no âmbito das suas competências” para resolver a situação.
Segundo a autarquia, foram colocadas armadilhas “no sentido de capturar uma alegada matilha de cães que terá atacado um rebanho” e que, já em fevereiro, também em articulação com a GNR, foi feita uma ação de fiscalização a um terreno junto a uma moradia por suspeitas levantadas pelo lesado.
“Após posterior denúncia, foi efetuada nova fiscalização nas imediações da moradia, pois à sua volta havia vestígios de carne suspeita de estar envenenada, tendo sido levada uma amostra para o Gabinete do Veterinário Municipal, aguardando-se orientações do Ministério Público”, salientou a autarquia.
Na segunda-feira, a autarquia voltou a receber uma reclamação dando conta de um novo ataque.
“De pronto o serviço veterinário municipal voltou a encetar contacto com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente [SEPNA] da GNR, efetuando novo pedido de apoio para a captura destes animais. A falta de meios materiais invocada pela GNR, nomeadamente quanto à arma de dardos que se encontrará em reparação, levou a que o veterinário municipal solicitasse de imediato a possibilidade de outro comando territorial poder efetuar o apoio a esta situação”, acrescentou a autarquia.
O município frisou ainda no comunicado que repudia “o abandono de animais”.